Hoje eu não vou ser óbvia. Decidi que, diferente do que o protocolo exige nessa situação, eu não vou falar sobre natal. Nem sobre magia, luz ou espírito de qualquer coisa que seja. Não que eu não esteja no clima, na verdade adoro essa época do ano. Só que estou desconfiada de que você tem coisas melhores para fazer hoje do que ler algo que está vendo e ouvindo em praticamente todos os lugares por onde passa. Então vou livrar você desse sufoco e te dar algo diferente. Mas aí esbarramos em outro problema… falar sobre o quê? E então, depois de muito quebrar a cabeça, eu decidi que iria escrever sobre o medo que eu tenho de rodas gigantes. Pois é, eu não ando em rodas gigantes. Desde sempre. Porque tenho medo. Medo de balançar demais e eu cair, medo de o meu carrinho se soltar e cair… medo de a roda toda se desmanchar, enfim. Isso vem desde pequena e eu não sei explicar o motivo. Mas não tenho medo de montanha russa, por exemplo, pelo menos não o suficiente para me impedir de ir. Não adoro… mas vou. Roda gigante não, essa eu me recuso. Quem sabe um dia, mas hoje não. Nem pretendo. Por quê? Porque não vejo vantagem nenhuma em me expor a uma situação desconfortável, arriscar minha vida (sim, para mim ir na roda gigante significa arriscar a minha vida) e superar um medo para… andar de roda gigante. O que eu ganho de prático com isso? Tá, eu sei que você está me achando completamente louca agora, mas prometo que tenho um ponto para chegar com esse texto. Muitas pessoas se mantém com certos bloqueios, limitações, e muitas vezes nos perguntamos por que será que elas não tomam um atitude e superam seus obstáculos de forma a conseguirem o que querem… e o pior… porque tantos nem mesmo TENTAM? E é aí… exatamente nesse ponto, que entra a roda gigante. Sob o meu ponto de vista, os benefícios que eu vou obter ao andar de roda gigante simplesmente não são bons o suficiente para fazer com que eu tome uma atitude. E talvez seja esse o real motivo de tantas pessoas não saírem do lugar e enfrentarem seus maiores desafios… porque não acham que vale a pena. Ok., acredito que agora eu tenha chamado a sua atenção. O que você precisa superar? Qual o seu desafio hoje? Será que o seu motivador não está fraco demais para fazê-lo tomar uma atitude? Como você pode melhorar isso? O que vai ser REALMENTE RECOMPENSADOR e transformador para você? E o que precisa ser feito para que isso aconteça? Eu provavelmente andaria de roda gigante se soubesse que isso me daria mais 5 anos de vida, ou se esse fosse o sonho do meu futuro filho e eu fosse a sua única alternativa. Mas não, definitivamente não o faria apenas para ficar rodando em uma esfera gigante de metal dentro de um carrinho que fica balançando. E você? Qual a sua roda gigante? E como você pode tornar essa experiência relevante o suficiente para fazer com que você mude de verdade?
Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br