Perfil

Nelson José Gomes Siqueira

Você sabia que em nossa Igreja Matriz, no Centro Histórico, escondem-se riquezas como uma imagem de Nossa Senhora da Soledade, do século 18, toda escupida em marfim? São curiosidades como essa, que o lagunense Nelson José Gomes Siqueira está reunindo em um trabalho que deverá ser lançado em breve, com o título “Matriz Santo Antônio dos Anjos: Suas histórias e seus valores”. Aos 56 anos, o filho dos saudosos Marlene e Jairo, começou sua carreira na área bancária, em Porto Alegre, mas o retorno à Laguna, na década de 80, o levou a explorar novos horizontes: “Fui morar em Rio Grande aos 18 anos. Sempre alimentei o desejo de regressar para minha terra natal. Assim que tive a oportunidade, já com minha família montada, nos mudamos para cá”. Inicialmente, Nelson trabalharia na venda de seguros, área a qual já tinha experiência, mas os anos se encarregaram de trazer novidades: “Comecei ao acaso na administração do Centro Cultural e ingressei na Irmandade de Santo Antônio. Neste contato direto, tive acesso à toda parte de documentação histórica da Matriz e da Irmandade. Como apaixonado por história que sou, descobri arquivados registros que são de grande importância e que devem ser levados ao grande público. Foi aí, que surgiu a ideia de montar o catálogo”. Paralelo à este trabalho que vem sendo confeccionado no decorrer dos anos e que está prestes a ir para impressão, Nelson assinou em 2013 uma revista da Matriz, “Santo Antônio dos Anjos de Laguna: Três Séculos de História”, e viu o quanto o público é carente de informações relacionadas à suntuosa construção: “Aos olhos do lagunense, a igreja pode ser apenas um templo religioso, mas para quem vem de fora, a riqueza de informações, as peças, os quadros expostos, são uma fonte inesgotável de conteúdo”, explica. Para um futuro não tão distante, ele já possui o desejo de elaborar novas obras: “Quero muito falar de Laguna sob um novo olhar. Sobre sua história e Anita muito já foi escrito, mas quero me aprofundar naquilo que a cidade tem como peculiar e por vezes até passa despercebido, como o Carnaval e as praias”. Nas horas de folga, o vovô coruja assumido se arrisca nas peripécias com seus pequenos: “Meu fim de semana é deles. Me perco no tempo procurando tocos de madeira para construir um balanço. Gosto muito de ajudá-los à confeccionarem seus próprios brinquedos, para que tenham boas lembranças, tanto minhas, como da melhor fase da vida, que é a infância”, finaliza.

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