O golpe que foi dado no Brasil em 2016 se situa exatamente neste contexto: trata-se de solapar um caminho autônomo, entregar a riqueza social e natural, acumulada em gerações, às grandes corporações. Faz-se pelas privatizações de nossos bens maiores: o pré-sal, as hidrelétricas, eventualmente os Correios, o BNDS e o Banco do Brasil. Freia-se o processo de industrialização para dependermos das tecnologias vindas de fora. A função que nos é imposta é o de sermos grandes exportadores de commodities, já que os países centrais não os têm para o seu consumo perdulário.
Nomes notáveis da ecologia, articulada com a ecologia
como Ladislau Dowbor e Jeffrey Sachs, entre outros, nos alertam que o sistema-Terra chegou ao seu limite (a Sobrecarga da Terra) e não suporta um projeto com tal nível de agressão social e ecológica.
Ora, esse modelo, para nossa desgraça, é assumido pelo atual governo corrupto e totalmente descolado do povo, de um neoliberalismo radical que implica o desmonte da nação. Daí o dever cívico e patriótico de derrotarmos estas elites do atraso, anti-povo e anti-nacionais que assumiram esta aventura, que poderá não ser mais suportável pelo povo. Tudo tem limites. Há de surgir uma consciência patriótica na forma de uma generalizada rejeição social. Uma vez ultrapassados esses limites, iríamos fatalmente ao encontro do inominável.