Os pesquisadores Amos Tversky e Daniel Kahneman, em 1972, apresentaram o conceito pela primeira vez. E até o momento, o conceito evolui no sentido de utilização e diferentes aplicabilidades nas mais diversas áreas. Há evidências que os vieses impactam nosso processo decisório, comportamento de compras, político, economia e basicamente, em todas as áreas de nossa vida.
Mas o que são vieses? Nos ajudam ou atrapalham? Todos temos?
Bem, vamos por partes, viés cognitivo é uma forma de pensamento que é processado de acordo com informações que cada pessoa organiza ao seu modo e é influenciada pelo ambiente. São as suas regras internas que lhe possibilitam agir e tomar decisões.
Os vieses possuem vínculos com as nossas memórias, então, a forma como você recorda suas experiências podem fazer com que se torne tendencioso em novos comportamentos. Nossos vieses também estão vinculados à nossa atenção, por isso, prestamos atenção e seguimos nossos líderes, por exemplo.
Todos nós possuímos vieses, já que é um efeito cognitvo vinculado aos nossos pensamentos.
Alguns vieses são visíveis em pessoas e empresas, vejamos:
Em uma empresa, as contratações podem ser enviesadas pela cultura e alimentadas pelo recrutador. Quase todos os vieses estão vinculados à nossa capacidade de fazer julgamentos. Por isso, nem sempre serão positivos.
Existem vieses de gêneros, como atribuir ao cargo um gênero específico. Será que isso nos mostra porque temos tantos homens em cargos estratégicos? É uma boa reflexão.
Os vieses são importantes e inclusive, adaptativos mas também, podem nos tornar repetitivos e com baixa qualidade de avaliar amplamente as situações cotidianas. É possível desenvolver nossos vieses, para isso é preciso perceber seus atuais vieses e também desenvolver a flexibilidade cognitiva, se questionando e ampliando a capacidade de pensar e fazer escolhas. Solicitar feedbacks e verificar outros pontos de vistas podem ser bons exercícios. Pense nisso.
Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental