Eleições

O que você quer melhorar na sua cidade?

Duas perguntas importantes o eleitor deve fazer a si mesmo antes de depositar o seu voto na Urna Eletrônica neste domingo: “O que você quer melhorar na sua cidade?” e “Você já sabe qual o candidato certo para fazer isso?”
O cidadão tem que saber responder a essas duas perguntas antes de votar. Se a propaganda eleitoral realmente foi bem feita pelos candidatos, o cidadão teve sim condições de fazer a escolha certa, pois a propaganda serve justamente para o candidato se fazer conhecer pelo eleitor e serve para que o eleitor tenha elementos para fazer a escolha certa. O candidato não pode se esconder atrás da propaganda eleitoral, deixando que falem por ele através de locutores e por meio de imagens, deve ele mesmo se apresentar ao eleitor e apresentar por si próprio quais as propostas de governo que idealizou para a sua eventual gestão frente a Prefeitura Municipal. Sem isso, como o eleitor poderá fazer a escolha certa?
Mas o cidadão, como eleitor, também tem a sua responsabilidade. Não pode também querer fugir da propaganda eleitoral, não pode querer fugir do debate político. Tem sim que se interessar pelo futuro da sua cidade e conferir se realmente existem candidatos aptos a tal missão e se os candidatos realmente apresentaram propostas verdadeiras… ou se tudo não passa de simples promessa eleitoreira, sem nenhuma chance de acontecer no futuro. Não pode ir nos comícios e simplesmente ouvir as promessas, sem refletir acerca delas, sem conferir se realmente são verdadeiras e se o candidato disse como realmente pretende torná-las realidade. Prometer é fácil, mas na hora de cumprir, como fica?
Então, atenção eleitor, exija do seu candidato que ele se apresente, diga quem ele realmente é que diga o que fará realmente de concreto por nossa cidade. Procure estabelecer critérios objetivos para sua escolha. Não se deixe levar por discursos inflamados, mas sem conteúdo. Veja o que o seu candidato já fez de bom para a sua cidade (e o que ele também já pode ter feito de mal para ela); confira se o seu candidato sempre esteve presente nos momentos importantes para a sua cidade, envolvido com os interesses coletivos, ou se é um candidato que surgiu somente agora na campanha; avalie o passado dele e o que no futuro lhe promete; procure levantar a ficha do seu candidato: é como se você estivesse contratando ele para trabalhar na sua casa ou na sua empresa. Você que irá pagar o salário dele. Ele será um bom funcionário? Ele dará lucro para a nossa cidade, ou só prejuízo? Veja, então, se ele será ou não um bom servidor para a coletividade e a nossa cidade.
Uma coisa importante o eleitor tem que saber: não é só porque a Justiça Eleitoral deferiu o pedido de registro de candidatura, que o candidato pode ser considerado apto ou preparado para o cargo a que está concorrendo. A Lei da Ficha Limpa fez muito, mas não tudo, há muito ainda a melhorar na Lei da Ficha Limpa. Por isso, a Justiça Eleitoral tem um limite de análise do candidato, mas o eleitor não. Na hora da escolha, o eleitor não tem limite algum, escolhe aquele que realmente lhe pareça apto e preparado. A triagem que a Justiça Eleitoral faz é importante, mas a triagem que mais importa é a que você eleitor deverá fazer. Pergunte-se: o que é necessário para o candidato ser ficha limpa no meu conceito? meu candidato é realmente ficha limpa? meu candidato é realmente apto? Ele está realmente preparado para o cargo? Encontrando as respostas para cada pergunta, deposite seu voto na urna. Não pode deixar que candidatos inaptos ou despreparados assumam nossa cidade, porque depois não adianta reclamar!!
Pense bem. Você não terá tempo para fiscalizar, como gostaria, o trabalho do seu Prefeito. Por isso, a importância do Vereador. Ele fará este trabalho para você. Por isso, na hora de escolher também seu candidato a Vereador, você deverá se perguntar: “meu candidato a Vereador será um bom fiscal?” e “meu candidato a Vereador vai fazer uma fiscalização como eu faria? e “meu candidato a Vereador tem aptidão para fazer leis realmente importantes para o meu Município?” e “meu candidato a Vereador vai fiscalizar onde o dinheiro público está sendo aplicado?”. Para poder responder a tantas perguntas, você eleitor, terá que fazer a mesma triagem que fez na escolha do candidato a Prefeito. Lembre-se, igualmente aqui, que o Vereador também é como se fosse um empregado seu, ele será pago com o seu dinheiro. A Câmara de Vereadores será mantida com o dinheiro do povo, dinheiro que poderia ir para a construção de escolas, hospitais, compra de remédios, pagamento de cirurgias, melhoria das estradas, melhoria da segurança pública. Qual o retorno que a Câmara de Vereadores está dado aos cidadãos? O Vereador fiscaliza o Prefeito, mas também tem que ser fiscalizado pelo povo.
Agora, depois destas reflexões, acredito que você estará sim preparado para um voto consciente e responsável. Acredito também que o candidato que você escolher, para Prefeito e para Vereador, honrará o seu voto com probidade, consciência e responsabilidade.
Não venda seu voto, é crime. O benefício ou dinheiro que você receber em troca do seu voto (R$ 150,00; R$ 500,00 ou mais), vai sair caro no final das contas. O que você receber hoje, vai custar o dobro depois. Na hora que você precisar de remédio e não ter, precisar de hospital e não ter, precisar de trabalho e não ter. Você vai ter que pagar para ter isso, e o dinheiro que você recebeu não vai servir para nada. E o pior, você não prejudicou apenas a si mesmo, mas a toda a cidade.
A Justiça Eleitoral não possui fiscal de propaganda e nem polícia própria. Você é o nosso fiscal e você é a nossa polícia. Denuncie.
ELEIÇÕES 2016: SEU VOTO, SUA VOZ.
Dr. Paulo da Silva Filho – Juiz Eleitoral da 20ª Zona Eleitoral de Laguna

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