Através de nós, tu, Terra querida, sentes, pensas, amas, falas e veneras. E através de nossos olhos contemplas o céu estrelado onde estão tuas irmãs e teus irmãos. E continuas crescendo, embora adulta, para dentro do universo rumo ao Grande Atrator que outro não é senão o Seio do Deus-Pai-e-Mãe de infinita ternura. Dele viemos e para ele retornamos com uma implenitude que só Ele pode preencher. Queremos, ó Deus, Pai e Mãe de bondade, mergulhar em Ti e estar em eterna comunhão de amor contigo para sempre junto com a Mãe Terra.
E agora, Terra querida, pensando em todos os sofredores do mundo afetados pelo Covid-19, realizo o gesto de Jesus na força de seu Espírito. Como ele, cheio de unção, te tomo em minhas mãos impuras, para pronunciar sobre ti a Palavra sagrada que o universo escondia e tu ansiavas por ouvir:
“Hoc est corpus meum: Isto é o meu corpo. Hoc est sanguis meus: Isto é o meu sangue”. E então senti: o que era Terra se transformou em Paraíso e o que era vida humana se transfigurou em vida divina. O que era pão se fez corpo de Deus e o que era vinho se fez sangue sagrado.
Finalmente, Terra, com teus filhos e filhas chegaste em Deus. Te fizeste divina por participação. Enfim em casa.
“Fazei isso em minha memória”. Por isso, de tempos em tempos, especialmente neste momento em que todos teus filhos e filhas sofrem sob a ação perigosa do Covid-19, cumpro o mandato do Senhor. Pronuncio a palavra essencial sobre ti, Mãe querida, e sobre todo o universo. E junto com ele e contigo nos sentimos o Corpo de Deus, no pleno esplendor de sua glória. Amém, amém, Alleluia”.
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