★11/10/1903
✝17/02/1978
Nasceu em 11 de outubro de 1903, em Laguna. Filho de Luiza Rodrigues Cabral e de Ary Natividade Cabral (militar e tesoureiro do Banco Nacional do Comércio, em 1935).
Os estudos primários realizou no Colégio Nossa Senhora das Dores (1910), em Porto Alegre(RS), e no Grupo Escolar Lauro Müller (1911), o ginasial frequentou no Ginásio Catarinense (1912-1916), o secundário, na Escola Normal Catarinense (1919) – todos em Florianópolis, finalizando-o no Ginásio Paranaense (1920-1923), em Curitiba (PR).Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro – Universidade do Brasil (1929).
Em 1913, mudou-se com a família da cidade natal para Joinville e, depois, para Florianópolis (1914). Integrou a Escola de Escoteiros “Tiro 40” (1917). Assinou seu primeiro artigo no jornal A Notícia com o nome “K” (bral), sob o título “Futurismo”. Utilizava também outros pseudônimos, como “Luiz de Olinda”, “Mário Netto”, “Egas Godinho” e “João, só”.
Em 1922, retornou a Joinville, onde foi professor na Escola Complementar. Ao mesmo tempo, foi professor primário em São Francisco do Sul e em Joinville (no Grupo Escola Conselheiro Mafra).
Em 20 de dezembro de 1930, casou-se com Olívia dos Santos Ramalho, em Joinville, e passou a exercer a profissão no Hospital de Caridade (1930-1936).
Transferiu-se com a família para Florianópolis e, em 1937, a Companhia Editora Nacional publicou sua primeira obra de importância, Santa Catarina História e Evolução. No mesmo ano, representou a Prefeitura de Florianópolis na Junta Executiva Regional de Estatística.
No dia 1º de novembro de 1938, foi eleito membro da Academia Catarinense de Letras.
Em 1943, a convite do Departamento de Estado Norte-Americano, ministrou curso na Universidade de Minnesota sobre tratamento da paralisia infantil. Ainda em 1943, foi nomeado Primeiro-Tenente do Exército de 2ª Linha Médica, por decreto assinado pelo Presidente Getúlio Vargas.
Pela União Democrática Nacional (UDN), concorreu à vaga de Deputado Estadual para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Recebeu 2.159 votos, ficou na posição de primeiro Suplente de seu partido, e, convocado, participou da Constituinte Estadual (1947) e da 1ª Legislatura (1947-1951), na vaga de Luís Dalcanale, que renunciou ao mandato.
Em 1948, foi um dos idealizadores do 1º Congresso Catarinense de História, sediado em Florianópolis, de iniciativa do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, do qual era Presidente.
Reeleito, com 2.802 votos, pela UDN, tomou posse como Deputado Estadual na Assembleia catarinense, participou da 2ª Legislatura (1951-1955) e presidiu a Assembleia de 10 de abril de 1954 a 31 de janeiro de 1955.
Um dos mais destacados pesquisadores da história de Santa Catarina, autor de obras sobre medicina, antropologia e história. Na Academia foi: Professor de Medicina Legal na Faculdade de Direito (1952), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); regeu a cadeira de História da Antiguidade e da Idade Média (1955) e ministrou Antropologia Cultural (1956) – ambas na Faculdade de Filosofia, sendo desta última um dos fundadores; dirigiu a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da UFSC (1961-1963); idealizou, fundou e foi o primeiro Diretor do Instituto de Antropologia da UFSC (1968) – dedicada aos estudos de Antropologia, Arqueologia e Etnologia.
Integrou associações culturais nacionais e estrangeiras, entre elas, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e os Institutos Históricos e Geográficos dos estados brasileiros: Bahia (BA), Minas Gerais (MG), Paraná (PR), Pernambuco (PE), Rio Grande do Sul (RS) e de Santa Catarina. Além de ter sido membro das Academias de Letras do Paraná e do Piauí (PI).
Aposentou-se compulsoriamente em 1973, aos 70 anos.
Faleceu em 17 de fevereiro de 1978, em Florianópolis, vítima de infarto, sendo sepultado no Cemitério do Senhor dos Passos, junto ao Hospital de Caridade.