Patrícia Pereira da Rocha

É entre livros, CDs e DVDs dos mais variados gêneros e nomes que a lagunense Patrícia Pereira da Rocha passa grande parte do seu dia. Aos 32 anos, como atendente e caixa do Sebo localizado no centro da cidade, a profissional, que já trabalhou em outros segmentos do comércio, garante ter se encontrado no atual ambiente ao qual se dedica. Filha de “seo” Rosaldo e de dona Terezinha, a focalizada já chegou a morar na Capital: “Fiquei lá por dois anos, mas não me adaptei a cidade. Era um ritmo muito intenso, porisso, decidi voltar”. Com o retorno, a mãe de Maria Clara decidiu procurar pelo proprietário do Sebo, Manoel: “Já conhecia o meu patrão, então ficou tudo mais fácil. Ele falou que havia uma vaga disponível e logo tratei de me apresentar. Felizmente, tudo correu da melhor forma”. Quando questionada sobre o que há de melhor no dia a dia, aponta: “A equipe de trabalho num todo é muito valiosa. Somos bem entrosados, o que faz com que as funções sejam leves e divertidas no ponto certo. Além disso, a possibilidade de investir no meu conhecimento, afinal todos os dias tenho o contato com uma gama variada de títulos e autores”. Sem esquecer dos clientes: “Recebemos aqui pessoas de todas as tribos e é esta forma eclética que deixa a rotina ainda mais interessante. O contato com todos os tipos de pessoas, que trazem informações, novas conversas, é fascinante”. Sobre o que os lagunenses mais tem ido em busca, dá sua opinião: “O Romance tem ganho muito destaque. Os 50 tons de cinza e o escritor John Green com certeza lideram a lista”. Outro ponto que Patrícia faz questão de destacar é a mudança no hábito de consumo da população: “Me surpreendi com o número de livros infantis vendidos no dia das crianças. Foi algo surpreendente. É a prova de que estamos mais interessados em cultura”. Nas horas de folga, é a filha e a sua tão sonhada carteira de motorista, que ela vem dedicando suas energias: “Não vejo a hora de ganhar mais esta independência. Será um divisor de águas e com certeza, a partir de então, ninguém me segura”.