Perfil

Perfil – Cláudia Netto Lopes da Silva

Aos 41 anos, Cláudia Netto Lopes da Silva é movida a projetos. E eles são inúmeros. Seja no Colégio Stella Maris, onde este mês completa 10 anos de trabalho e muita dedicação, seja na Escola de Samba Os Democratas, a qual responde como presidente, na Fundação Hermon, instituição que auxilia mais de 100 crianças carentes, ou ainda na função de mãe e esposa, esta, vivenciada intensamente com os filhos, Henrique e Vinícius e o marido, companheiro de todas as horas, Júlio. Quando questionada sobre a forma como distribui seus dias, com tantas atividades, a lagunense avalia: “Não consigo separar um projeto do outro. Todos têm uma Cláudia e a vida dela. Pode até ser petulância da minha parte, mas não consigo separar, porque tenho mil coisas que quero fazer ao mesmo tempo e que me completam. Distribuo ao longo da semana, faço de tudo um pouco. Os três meses que antecedem o Carnaval são intensos demais, a ponto de não saber até hoje como dou conta”. Como presidente da Escola de Samba, realiza uma de suas maiores paixões: “Me chamam de louca, porque me envolvo, não largo, trabalho tanto e me dedico. Faço porque amo, porque faz parte de mim, porque ali me envolvo com pessoas de todas as classes sociais e isso de forma igualitária. São pessoas muitas vezes carentes, sem estudo, mas ali vivo família, respeito, igualdade e valores e isso tudo me faz tão bem”. No restante do ano, ainda na sede, a presidente e seus incansáveis apoiadores dedicam-se a desenvolver a cidadania: “Envolvemos toda comunidade com dança, percussão, artesanato, projetos sociais, ruas de lazer, datas comemorativas, como Páscoa, Natal, Dia das Crianças, dando um pouco mais de alegria aos que precisam”. E apesar do grande volume de ações, ainda não se dá por satisfeita: “Vou conseguir, com a ajuda de outros obstinados, transformar Os Democratas num local onde realizaremos sonhos, transformaremos a sede social com ações efetivamente amparadas por subsídios que façam render frutos, tornando as crianças de hoje em adultos preparados para campos de trabalhos, para que gerem rendas, e no futuro, sustentem suas famílias de forma plena. Hoje, ainda sozinhos, não conseguimos fazer isso”. Sobre um momento em especial oportunizado pela escola, deixa claro: “Emoções fazem parte de uma abnegada como eu, mas o ápice, o sonho realizado, é colocar a Escola na avenida e consagrar-se campeã. Não necessariamente com o troféu na mão, mas sim na realização de um sonho, o arrepiar dos fios do cabelo com o compasso dos tambores. É mágico”. Paralelo a estas ações, Cláudia ainda exercita a solidariedade através da Fundação Hermon: “Foi um trabalho que caiu no meu colo e fazer parte dessa instituição com meus amigos é gratificante. Trabalhamos com mais de 100 crianças, de segunda a sexta-feira, fazendo um contra turno da escola que elas frequentam, dando carinho, educação, saúde e lazer”. Se há algo mais gratificante? “Não, né? Amo tudo isso e me sinto realizada em poder ajudar, amparar, mesmo que com um simples olhar e um sorriso. Vale a pena”.

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