Dando continuidade a série o Melhor do Verão na terra de Anita, o JL focaliza nessa edição um dos mais novos “produtos turísticos” de nossa terra. Construída com o intuito de desafogar o trânsito e aumentar a segurança da BR-101 sul, inaugurada em 15 de julho do ano passado, a Ponte Anita Garibaldi é uma das grandes responsáveis pela promoção do turismo de Laguna e do Sul do Estado. A solenidade que marcou a entrega da obra de tamanha magnitude e que foi mais um importante passo da duplicação do trecho Sul do BR-101, promovendo qualidade de vida e ganho em competitividade logística ao Estado, contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, governador Raimundo Colombo, vice Eduardo Pinho Moreira e mais os ministros dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues e do Trabalho Manoel Dias. “Essa ponte é um exemplo de superação de obstáculos, uma referência e um símbolo para todo o país. O Brasil que queremos é um Brasil que de fato trabalha, que constrói, que enfrenta as dificuldades e que supera os desafios”, discursou Dilma na época. A presidente fez referência também a todos os trabalhadores envolvidos na construção, que definiu como “um desafio de engenharia”. Fez, ainda, uma homenagem à lagunense Anita Garibaldi, que batiza a ponte e foi citada por Dilma como “um exemplo da corajosa mulher brasileira”. Lideranças políticas e comunitárias e moradores da região acompanharam o evento, realizado em estrutura montada na cabeceira norte da nova ponte. Antes da cerimônia, a presidente Dilma, o governador Colombo e comitiva encontraram alguns dos operários que trabalharam na construção da estrutura. A ponte foi aberta para tráfico no dia 17 de julho, às 17:07 e desde então desperta a atenção de quem por ela passa, seja por sua extensão e design arrojado.
A PONTE EM NÚMEROS
• O Consórcio formado pelas empresas Camargo Correa, M Martins e Construbase venceu a licitação ao apresentar proposta de R$ 597,2 milhões. O valor máximo não poderia ultrapassar R$ 605,4 milhões, conforme publicação no Diário Oficial da União do dia 3 de março de 2011.
• A ordem de serviço foi assinada pela presidente Dilma Rousseff no dia 21 de maio de 2012.
• A ponte estaiada — ligando cabos a duas torres — e tem 2,8 quilômetros, quatro pistas e acostamento. Os 400 metros do vão central são estaiados, ou seja, suspensos por 60 cabos de aço (15 para cada lado). Os cabos são presos em dois mastros que fazem a sustentação central: o Norte e o Sul.
• A largura total é de 25,3 metros, com duas faixas de tráfego para cada sentido (com3,6 metros cada uma) e mais acostamento de 3 metros.
• A separação entre os dois sentidos é feita com barreiras de concreto (new jersey).
• A estrutura foi construída com aduelas pré-moldadas (blocos de concreto de grandes dimensões).
• A Torre Norte (km 314,855) teve estaqueamento de 65,07 metros; A Torre Sul (km 315,055), 52,10 metros.
• O projeto foi dividido em quatro etapas: Primeiro foi feito a fundação no solo,embaixo da ponte. As escavações tiveram 2,5 metros de diâmetro e foram protegidas por camisas metálicas. A mais profunda de todas ficou a 75,8 metros de profundidade.
• As estacas foram armadas com vergalhões de concreto e, depois, preenchidas com concreto. Foram quatro equipes trabalhando ao mesmo tempo, em pontos diferentes da ponte.
• A segunda etapa da obra compreendeu na construção dos pilares de concreto. Numa terceira fase, foi feita a colocação dos mastros, com 50 metros de altura em relação ao pavimento da ponte.
• Em cada lado dos mastros foram instalados 15 cabos, totalizando 60, tendo a função de sustentar e dar equilíbrio à estrutura. Por último, a obra entrou em fase de acabamento, quando foram colocadas as proteções laterais, pavimentação e pintura de faixas.
• Os 1.600 operários trabalharam dia e noite, divididos em dois grandes grupos: os que encaravam as águas para ajudar na escavação e na concretagem dos pilares e os que em terra operavam a montagem de cabos e equipamentos que foram usados posteriormente. O canteiro de obras onde o serviço foi feito dividiu espaço com os dormitórios dos trabalhadores: as casas azuis abrigaram mais de 600 operários, todos de fora de Santa Catarina. Também foram montados refeitório e sala de jogos espalhadas pelo terreno, que correspondia a 14 campos de futebol.
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