Pão quentinho e cheiroso saído do forno. Difícil resistir a tentação? Pois fique o leitor sabendo que a arte da panificação é uma atividade antiga, sendo que os primeiros pães foram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas, sendo atribuída aos egípcios a ideia de utilizar forno de barro para cozimento, bem como o acréscimo de fermento à massa do pão, o que a tornou mais leve e macia. Histórias a parte, o JL focaliza nesta edição a rotina de um padeiro lagunense que já fez história fora da cidade, mas que por conta da saudade, decidiu regressar a terra de Anita. São por volta de 3 horas da manhã quando o relógio de Edson Vicente Teodoro desperta. Após se arrumar, ainda no meio da madrugada ele parte rumo à padaria. O adiantar da hora, se dá pela demora no processo de confecção e assado dos pães: “São cerca de duas horas para cada tipo de pão, entre o início da massa até o término no forno”, esclarece o padeiro, que não tem reclusa na arte da panificação: “Gosto de fazer todo o tipo de pão. Trigo, doce, farofa, de rala. Se essa é a minha profissão, confesso que não tenho um especial. Cada um leva sua receita, seu toque de mestre, para chegar saboroso a mesa de cada cliente”. Filho de “seo” Edgar e da saudosa dona Vanda, o focalizado completa este ano, 25 anos de profissão: “Comecei ao acaso, ainda muito novo, com a indicação de um camarada, a respeito de uma vaga no extinto supermercado Fretta. Iniciei limpando as formas, passando tempos depois ao posto de auxiliar. Para chegar ao posto máximo foi questão de tempo”, recorda Edson, que com a venda do supermercado, recebeu uma proposta inusitada: “Após um tempo de trabalho, a nova rede decidiu me fazer à proposta de ser o padeiro chefe da filial de Braço do Norte. Aceitei ainda que com o coração partido, por deixar a cidade que tanto amo. Aguentei 8 anos. Ganhei um bom dinheiro e decidi voltar. Sinceramente? Não compensa estar longe”, confidencia. Casado com Liziane, pai de Edson Junior e Stefani, o padeiro tem o desejo de ter mais um filho: “Amo ser pai, amo me dedicar a minha família. Sinto falta de ter mais uma criança em nosso meio. No que depender de mim, até o fim de 2013, eu e minha esposa aumentaremos o time”, brinca. Nos planos para o futuro, esta a finalização da casa própria: “O retorno financeiro que tenho na minha profissão é o suficiente para viver bem. Estou terminando de construir minha casa e em breve pretendo já estar na nova morada”.
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