A focalizada desta edição é responsável por recepcionar aqueles que vêm em busca de nossa rica história. Há 28 anos cuidando dos museus do município, Marlene Francelino de Oliveira já vivenciou inúmeros casos e situações no Museu Anita Garibaldi e atualmente na Casa de Anita, onde desempenha sua função, que é retratada na edição do JL desta semana. Natural de Capivari de Baixo, filha dos saudosos “seo” Antenor e dona Almerinda, a simpática recepcionista jamais imaginou trabalhar na área: “Fui do lar por muitos anos, até surgir a necessidade de auxiliar meu saudoso marido nas despesas. Não fui focada em uma área em especial, apenas na necessidade de encontrar algo que me proporcionasse retorno financeiro”. Antes de ingressar no universo dos museus, Marlene chegou a trabalhar no comércio: “Consegui um emprego para a temporada, mas com o encerramento dela, minha carga horária ficou reduzida, o que não foi interessante para o meu o propósito”, quando então, surgiu a oportunidade: “Lembro do primeiro dia que comecei. Era um domingo de sol. Estava feliz e ansiosa pelo início do novo desafio”. Desde então, os anos se passaram e a empatia da focalizada com a função só aumentou: “Recordo de que ainda na infância, visitei o museu com o colégio pela primeira vez. Chegamos a realizar um piquenique dentro dele, algo que hoje jamais seria permitido”. Através do contato com o público, o que ela considera como principal, foi aprendendo as artimanhas da profissão: “Quem chega a uma cidade quer ser bem recebido, esclarecer suas duvidas, levar informações e boas lembranças de volta. É isto que procuro fazer todos os dias”. Há 8 anos na Casa de Anita, Marlene chegou ainda a ter uma passagem pela Casa Candemil: “Na verdade só mudou o lugar, afinal tudo é história, tudo tem um pouco desta importante trajetória construída por nosso povo”, analisa, deixando escapar que é no local o qual trabalha nos dias de hoje, que teve maior identificação: “A história é linda, os objetos que estão dentro dela são de grande valia. Me considero uma pessoa de sorte por abrir as portas de algo tão simbólico e importante para o município”. Com uma rotina que inicia por volta das 7:30h, a recepcionista chega a atender até 250 pessoas em um dia de grande movimento: “ É muito sazonal. Com a chegada do inverno é comum começarem a visita dos grupos escolares. É um outro tipo de público, que necessita do dobro de atenção, afinal são crianças e não se contentam em apenas olhar os objetos”. Nas horas de folga, é dançando que a mãe de Marco Antonio procura extravasar: “A dança é uma paixão, um hobby, uma verdadeira terapia. Sou freqüentadora assídua dos bailes da terceira idade dos clubes de nossa cidade”.
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