Do cimento para o remédio. Uma transição um tanto eclética, mas que já se perpetua por mais de 20 anos e hoje é passada para uma nova geração. Nesta edição, o leitor é convidado a descobrir um pouco mais sobre a história de vida de Vilson Antunes. Natural de Laguna, o filho de “seo” Arthur e de dona Maria Ramos Antunes, iniciou a vida profissional na companhia do pai, em um estabelecimento da família: “Tínhamos uma sorveteria no bairro Magalhães e durante minha adolescência ajudava no atendimento. Foi uma época muito boa”, relembra Vilson, que tempos depois trabalharia como funcionário no extinto Departamento Autônomo de Edificações, órgão da Secretaria do Estado de Transportes e Obras: “Não imaginava seguir esta carreira, mas me identifiquei com o serviço, a ponto de que se me fosse dada a chance de voltar no tempo, faria tudo igual”. Com a possibilidade da compra de parte da sociedade de uma farmácia recém aberta no centro da cidade, o pai de Simone, Cibele e Fabio decidiu investir: “Pensei imediatamente em minha filha mais velha, que já estudava na área, mas que no final acabou optando pela carreira de bioquímica. Ao concluir os estudos escolares, meu caçula, já convivendo com o segmento, foi fazer o mesmo curso da irmã, e hoje, eu e ele dividimos a administração”. Com um horário flexível, Vilson chega à farmácia por volta das 9 horas da manhã: “Passo boa parte do meu dia aqui, mas com a presença do Fabio, tenho a possibilidade de estar disponível para outras atividades, seja na companhia de minha esposa Neusa ou de meus netos”. Dono de um bom coração, o focalizado já chegou a passar por situações inusitadas: “Por algumas vezes me deparei com crianças que vinham pedir remédio e não tinham condições financeiras. Era uma situação que me deixava angustiado e acabava doando o medicamento, a ponto de uma funcionária me sugerir que eu ficasse um pouco mais afastado do balcão”, relembra. Apaixonado por cavalos, nas horas de folga o focalizado dedica-se a seu hobby predileto: “Tenho 4 cavalos e poder cavalgar é uma verdadeira terapia. Se tenho um tempo livre no fim de semana, corro para o sítio”. Quando questionado sobre a possibilidade de “pendurar as chuteiras” definitivamente, ele mostra-se receoso: “Acredito que não saberia como lidar com a falta de compromisso. Em meu ponto de vista, não dá para parar, apenas diminuir o ritmo”, e ao que tudo indica, o futuro breve desta redução de serviço, será vivenciado em terras portuguesas: “Pretendo conhecer Portugal. É um lugar que considero fascinante”.
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