Um estabelecimento com 53 anos, fundado pelo patriarca da família e que já está em sua terceira geração. Acredite! Esta história tem como pano de fundo o cenário de Laguna. O Profissional em Destaque desta edição, focaliza a vida de Vitor Aguiar Duarte, caixa da churrascaria Peralta, estabelecimento reconhecido pelo peculiar e caseiro sabor de seus pratos e que tem seu atendimento realizado exclusivamente pela família. Foi através do avô, “seo” Jairo, que a churrascaria foi idealizada: “A idéia do nome Peralta veio por intermédio dele, que quis fazer uma homenagem a seu pai Antônio”. O apelido de seu bisavô era “Peralta”, já que na infância havia sido muito arteiro na escola. “Esta foi uma oportunidade de deixá-lo sempre presente em nossas vidas”, explica. Apesar da pouca idade, aos 21 anos, Vitor cresceu na churrascaria, onde já prestou auxilio em diversas funções: “ Tenho um amor muito grande por meus avós, que até hoje dedicam-se na administração da casa. Quando me pediram para assumir o caixa, vi minha responsabilidade aumentar, afinal é uma atividade de tamanha importância”. Extrovertido, quando questionado sobre o que há de melhor na atividade, pontua: “Sem duvida o contato com os clientes. Cada pessoa trás uma conversa diferente, um assunto novo, enfim, apesar da rotina, existe este dinamismo, pois os clientes têm as mais variadas personalidades”, analisa. A rotina de Vitor é diferente da maioria dos profissionais, visto que é na hora do almoço que acontece o ápice de sua atividade: “Chego por volta das 10:30h. Auxilio em algo que esteja atrasado na cozinha e vou para meu posto, de onde só saio no momento que a churrascaria fecha as portas”. Se há algo que o deixe insatisfeito? Ele explica: “Na verdade o que mais me deixa angustiado é ver um cliente à espera do prato. Creio que a cozinha necessita de um tempo limite para entrega”. Paralelo a atividade, Vitor alimenta uma segunda paixão: a dança. É através dela que ele pensa em um dia viver: “Sempre fui muito ligado à arte. Faço ensaios de dança do ventre e dança árabe masculina, que foi amor à primeira vista. Costumo dizer que danço com minha alma e meu coração e a cada movimento me sinto completo e cada vez mais quero a perfeição naquilo que faço”. Se o assunto é Laguna e o que falta para o desenvolvimento, assinala: “Creio que nosso povo não tem tanto o habito de consumir cultura. Precisamos despertar para dança, para o teatro e a valorização da história que nossa terra possui. É inadmissível a falta de prestigio de eventos nessa área”.
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