Na semana em que a saúde foi pauta no mundo todo, em nossa cidade não poderia ser diferente. E se o assunto é debate em Laguna, os holofotes se voltam ao perfil de Regina dos Santos, presidente do Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus dos Passos, cargo o qual se dedica desde 2005, quando foi eleita para administrar a instituição. Formada em Enfermagem pela UNISUL, com especialização em Saúde da Família, a filha do “seo” Aurélio e de dona Alba Maria iniciou sua trajetória profissional em 1979: “Comecei no Posto de Saúde, onde permaneci por 12 anos, trabalhando nos mais variados setores. Com a conclusão da faculdade, assumi o posto de enfermeira chefe do Materno Infantil. Em 1993, convidada pelo então prefeito Jorge Zanini, desenvolvi inúmeras atividades junto a secretaria de saúde do município, chegando inclusive a ser convidada para trabalhar nas gerências regionais de nossa cidade e de Tubarão”. Há dez anos, já colaborando como associada do Hospital, recebeu um convite: “O Jorge Luiz, hoje assistente social, me propôs que atuasse efetivamente na instituição. Ainda que com muito receio do que viria pela frente, aceitei a proposta e fui eleita. A partir dali, brotava não apenas uma nova missão, mas também um sentimento de grande responsabilidade, o qual carrego com a mesma intensidade nos dias atuais”. Na semana em que o Hospital completa 160 anos de fundação, Regina avalia os desafios enfrentados: “É uma luta diária. Seja na parte financeira da instituição,para saneamento das dívidas e no que diz respeito a modernização, com a conclusão das obras da UTI, seja no início do restauro de uma antiga ala do hospital, que poderá abrigar futuramente todo o administrativo”. Se questionada sobre a aposentadoria, a mãe de Bruno tem sua opinião formada: “Apesar de já ter tempo de trabalho, confesso que vou precisar me preparar para este momento. Agora não é a hora e ainda que venha a encerrar meus trabalhos, me vejo engajada de forma voluntária. Tenho saúde e força de vontade de sobra”, observou. Nas horas de folga, ela dedica-se à suas maiores paixões: a escrita e a leitura: “Recordo com carinho do tempo em que minha tia, então bibliotecária do Ana Gondin, locava os livros para que eu pudesse levá-los para casa. Que fase deliciosa. Na adolescência, comecei a colecionar cadernos nos quais escrevia contos, crônicas e desde então nunca mais parei. São práticas que preenchem meus dias e me fazem bem’. Tamanha sintonia com o universo das palavras a fez ser convidada para ingressar no grupo de escritores Carrossel das Letras, do qual hoje faz parte. As coletâneas do grupo dividem espaço com outros livros que preenchem sua estante: “Leio de tudo, sou muito eclética. Ainda recentemente terminei A Guerra de Clara, de Stephen Glantz. Gosto de deixar vários títulos à minha disposição e debruçar sobre cada um deles conforme estiver meu estado de espírito”.
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