Rosimar da Silva

Existem profissões em extinção? Ainda que a dúvida paire no ar, o JL garante o registro de uma das atividades que além de exigir habilidade e força de vontade, também requer um forte elo de confiança entre o prestador de serviço e o contratante, o que a faz ser peça cada vez mais rara no mercado de trabalho. Natural de Imbituba, a diarista Rosimar da Silva até aportar definitivamente em Laguna, viveu a experiência de morar em diversas cidades: “Passei minha infância aqui, mas depois já tive a oportunidade de morar por algum tempo em Curitiba, Itajaí e Paranaguá, até retornar para a terrinha que já considero minha”. Filha do saudoso “seo” Nabor e de dona Zulma, a focalizada exerceu algumas atividades antes de trabalhar na área da faxina: “Em 1986, fiz um curso técnico oferecido pelo Hospital de Laguna, na área de enfermagem. Cheguei a exerce-lá por algum tempo. Além disso, fui secretária de um consultório odontológico, trabalhei em ótica e loja, até chegar no ramo que estou atualmente”. A aptidão com os afazeres domésticos foi o estímulo necessário para a escolha da profissão que hoje realiza com tamanha dedicação: “Como diarista tenho a independência de trabalhar cada dia em um lugar diferente, além da oportunidade de conhecer novas pessoas, conversar, tudo isto me faz sentir mais viva”, explica. Com uma rotina que inicia por volta das cinco horas da manhã, ela começa seu dia realizando as funções em sua própria casa: “Deixo o café e o almoço pronto, lavo a roupa, dou uma organizada geral e sigo rumo a residência que será limpa. Chegando lá é avental no corpo e mãos a obra”, brinca. Mãe de Bárbara e Eduardo, Rosi, como é carinhosamente conhecida, acredita que limpar a casa “dos outros” é desafio dobrado: “Além de ter que atender o perfil da patroa tenho que ter um cuidado muito maior com cada objeto, cada peça da casa. Confesso que limpo com mais cuidado do que se fosse meu. Não gosto nem de pensar na ideia de quebrar ou danificar algo”. Para o ano de 2015, que praticamente começou agora, a vovó coruja de Luiz Antônio tem inúmeros planos: “Quero estar presente na vida dos meus filhos e do meu neto e cuidar um pouco mais de mim, da minha aparência e claro, da minha saúde”, finaliza.