Eu estava procurando algo sobre o que escrever essa semana, e então cheguei à conclusão de que não adianta divagar demais, principalmente quando um assunto está em pauta aqui na minha casa já há alguns dias: Como reagir quando alguém te sacaneia? Não, não foi nada comigo, mas alguém muito próximo de mim recebeu uma bela passada de perna profissionalmente, e isso me faz refletir sobre como as pessoas pensam, agem e, principalmente, como todos sempre acreditam que estão fazendo a coisa certa.
Sim, eu realmente acredito que, independentemente do que leve uma pessoa a fazer algo, seja isso convencionalmente considerado como bom ou ruim, ela age com a certeza de que seus motivos são justos e que o seu modo de pensar é o correto. Muitos de nós visualizam o mundo como se ele tivesse dois lados, um bom e um mau, com um abismo no meio. Quem está do “lado mau” não é capaz de fazer o bem e vice-versa. Só que não é bem assim. Supondo que o mundo realmente fosse dividido em dois lados, eu posso afirmar para você que, em ambos, as pessoas acreditariam que o lado delas é o bom, e o outro é o mau.
Pois é, amigo, não existe um “sindicato dos vilões de novela”, e isso significa que, se alguém te faz mal, existe algum canto obscuro na mente dela que a faz acreditar que aquilo é a coisa certa a se fazer, ou pelo menos normal. Por isso, não adianta ficar se remoendo e procurando respostas. Muitas vezes não é nem mesmo pessoal, mas sim um padrão de comportamento. Eu não estou aqui tentando justificar nenhuma maldade, crime, corrupção etc., ok? Só estou dizendo que, quem faz, normalmente não considera as coisas da mesma forma.
Então, caso você recentemente tenha sido traído, sacaneado, derrubado, roubado ou difamado, meu conselho para você é: Siga em frente e não deixe que aconteça de novo. Simples assim. Não adianta ficar pensando em porquês, nem mesmo ficar imaginando a outra pessoa sendo comida por zumbis. Seja lá o que aconteceu, o mundo não vai parar e esperar você levantar. Então trate de sacudir a poeira, assumir sua parcela de responsabilidade e voltar à ação. Ah, e se for o caso, também contrate um advogado. Afinal, você pode ser bonzinho, mas não é trouxa, certo?
Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br