Natural de Imaruí, mas radicado na terra de Anita há 22 anos, o frentista Saulo Agostinho Tomé completa 20 anos de profissão. Foi na lavoura, ainda na infância, que o profissional sentiu pela primeira vez a responsabilidade de garantir o sustendo da família: “Todos na minha casa começamos cedo e precisávamos ajudar. Até que meus pais decidiram vender o que tínhamos e nos mudarmos para Laguna”, recorda.
Aos 16 anos, o filho de dona Maria do Carmo e de “seo” Agostinho encarou uma nova empreitada, como metalúrgico, função que exerceu por um bom tempo, migrando para outras experiências, até receber a proposta de trabalhar no posto: “Tinha um amigo que era dono do posto de gasolina e me falou sobre a vaga. Quando me deparei com a vista do posto Miramar para o cais, não tive dúvidas, seria o lugar no qual ficaria até a minha aposentadoria”, brinca.
Casado com Suzana, pai de Pâmela, ele revela aos leitores como é seu dia a dia: “Acordo por volta das seis horas. Tomo meu café e sigo para o trabalho, de onde saio sempre por volta das duas horas. Dali em diante, faço alguma tarefa que seja necessária em casa, às vezes arrumo um serviço extra, e no verão gosto de ir à praia e curtir minha família”.
Sobre o que a profissão de frentista tem de melhor, responde sem titubear: “O contato com as pessoas. Durante o dia converso com muitos clientes. E isso faz o trabalho ficar leve e divertido”.
Quando questionado sobre a possibilidade de voltar no tempo, hoje, aos 46 anos, ele avalia: “Acho que não teria deixado a família se desfazer da lavoura. Com tantos recursos e a tecnologia de hoje em dia, seria um excelente investimento e renda”.
Se o assunto é o lazer, a companhia da família é primordial: “Gostamos muito de passear nos finais de semana. Seja na praia ou no shopping. O importante é curtirmos a companhia um dos outros”, finaliza.