Profissional em destaque

Solange Soares

O rádio sempre ligado e a simplicidade do pequeno mercado na descida do morro da Fonte da Carioca, remetem aqueles mercadinhos de bairro, modelos quase em extinção. À frente do caixa e da administração da pequena venda está a paranaense Solange Soares, que por intermédio do marido, tubaronense, José, foi apresentada a terra de Anita: “Foi amor a primeira vista. Na época, no final da década de 90, ainda morávamos em Florianópolis, mas o clima pacato da cidade, os moradores, as suas belezas naturais me conquistaram de uma forma, que logo nos mudamos”, explica.
Filha de dona Ruth e de “seo” Gonçalino, a focalizada que começou sua trajetória profissional aos 13 anos, como babá, teve toda sua experiência sempre ligada ao comércio:”Meu jeito expansivo e comunicativo não poderia me levar para outro ramo. Adoro a possibilidade de conhecer pessoas todos os dias, interagir, ser um pouco ouvinte, psicóloga e viajar em algumas histórias que ouço no balcão da venda”, brinca.
Mãe de João Victor e Victória, ela chega a atender até 150 pessoas na temporada: “O lugar é estratégico. Liga a praia ao centro e ainda é próximo de um grande ponto turístico, o que justifica a demanda. Sinto uma queda considerável no inverno e mais do que isso, uma mudança no perfil do público, que em sua grande maioria, é formada pelos nativos”.
Acompanhando a evolução e tendência tecnológica, o mercado abandonou as cadernetas e fichas e hoje já oferece novas formas de cobrança: “Precisamos estar atentos a realidade que nos cerca. Com a facilidade do cartão, foi preciso nos adequarmos, na instalação de uma máquina, que facilite o pagamento, por outro lado, acabamos com o famoso fiado”, explica.
Quando perguntada sobre o maior desafio da sua atividade, Solange aponta: “Agradar a todos. O que é quase impossível. Mas me esforço ao máximo para que os clientes saiam sempre satisfeitos”.
Nas horas de folga, é na companhia da família, vivendo Laguna, que ela procura estar: “Amo essa terra como se fosse minha. Me sinto uma verdadeira lagunista. Não há programação melhor que curtir um final de tarde, com uma caminhada na praia, contemplando o mar. São pequenos prazeres que me fazem bem”.

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