Gabriela Pedroso

Sorte não faz parte da equação

Muitos me perguntam porque eu nunca coloco o fator “sorte” nos meus artigos. Em tese, eu estaria desconsiderando um fator extremamente relevante para o sucesso e o fracasso de muitos. Depois de muito refletir sobre isso, resolvi escrever aqui um pouco do que penso sobre a sorte e os motivos pelos quais opto por não contar com ela – ou depender dela. Em primeiro lugar, quero dizer que não tenho nada contra a sorte, nem mesmo duvido da sua existência. Aliás, se a sorte quiser bater de vez em quando aqui em casa será sempre bem vinda! Agora, outra coisa é realmente acreditar que o seu sucesso não depende de você. É acreditar que, se alguma lei aleatória do Universo disser que você simplesmente não irá conseguir avançar, é isso e pronto. Sério mesmo? Ok, você pode me dizer: “Mas e eu que já tentei de tudo, me esforcei ao máximo, e mesmo assim não consegui alcançar os resultados que queria? Você não chama isso de azar?” Não, eu chamo isso de esforço improdutivo ou desperdiçado, ou seja, um esforço que não traz resultados, mesmo que empregado em grande quantidade. Você já ouviu falar nisso? Você está diante de uma parede e decide que irá quebrá-la… com socos. O que você acha que vai acontecer? A menos que estejamos naquelas casas feitas de papel ou que você seja a pessoa mais forte do mundo, você provavelmente esmurrará a parede até acabar com as suas mãos, e não conseguirá quebrá-la. Que tal pegar uma marreta e fazer o seu esforço de uma forma inteligente? Veja bem, o seu sucesso não é resultado direto da quantidade de esforço empregado. Se assim fosse, todas as pessoas que trabalham incansavalmente durante 12 horas por dia deveriam ter sucesso, certo? Mas não se trata apenas da quantidade, e sim da qualidade. Não é apenas uma questão de fazer muito, mas de fazer certo. Bom, eu sei, você pode estar com muita raiva de mim agora, pensando: “Você não sabe de nada! Não passou pelo que eu passei e não conhece a minha história!” É verdade, eu não conheço mesmo – mas eu conheço sobre sucesso, e você pode escolher me ouvir ou me ignorar, isso não mudará o fato de que os seus resultados dependem da qualidade das suas escolhas e das suas ações. E então? O que você vai fazer? Vai aceitar sua condição autoimposta de azarado e deixar sua vida passar sem realizar seus sonhos? Ou vai dar um jeito de descobrir onde está aquela marreta que fará você quebrar a parede que está na sua frente agora? Você já sabe o que quer e aonde quer chegar. É hora de dar um passo atrás e rever suas ações. Você já tentou tudo? Mesmo? Que tal verificar o que poderia ser ajustado e fazer de novo? O que você não está enxergando? Quais conselhos e feedbacks você escolheu não ouvir? E quais deveria ter ignorado? Quem pode te ajudar? Qual é aquele pequeno detalhe que você está perdendo, mas que fará toda a diferença? Pense, reflita bem. Ou não. Ou desista e se conforme com o fato de não ser nenhum desses sortudos escolhidos. Mas deixe eu te dizer uma coisa: Para todos eles, a sorte não faz parte da equação.

Gabriela Besen Pedroso – www.gabrielapedroso.com.br

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