Filha de dona Maria de Lourdes e de “seo” Itamar, Talita Santos Cornélio não poderia estar em outra área que não fosse o Magistério. Professora de Educação Física, a focalizada confessa que sempre alimentou o desejo de seguir carreira: “Poderia definir como um sonho, meta e ouso até mesmo dizer, que desde cedo despertava alguma vocação”, avalia a lagunense que ainda acrescenta: “Nesse caminho que venho trilhando constatei que existe uma profunda diferença entre dar aula e ser professor. Dar aula é muito bom, é compartilhar conhecimento, propagar a informação e exige esforço, dedicação e preparo. Ser professor é, muito antes de ser uma profissão, uma das formas mais genuínas do amor. Como já dizia o grande mestre Paulo Freire, eu nunca poderia pensar em Educação sem amor. É por isso que me considero um educador, pois acima de tudo, sinto amor”.
Casada há 14 anos com Geison, mãe de Cauan, Cauê e Caio, Talita define sua rotina como uma verdadeira “correria”: “As pessoas me perguntam como dou conta de tudo. Acordo cedo, deixo o café das crianças encaminhado, arrumo o filho do meio, o levo até o ônibus, deixo o mais velho no colégio e às 8hs já estou em meu trabalho. Chego em casa, tem tarefas para fazer e duas vezes na semana dou aula no período noturno. O mais legal é que amo fazer cada parte da minha rotina, me desdobro em muitas “Talitas”; Gosto de verdade de cada um dos meus ofícios, seja mãe, esposa, técnica ou professora”.
Para conquistar o sonhado diploma da graduação, ela precisou de muita determinação e empenho: “Engravidei muito cedo, mas mesmo vivendo como dona de casa, nunca deixei de ler, o que me ajudou muito, mesmo depois de sete anos afastada da escola. Quando voltei aos estudos, estava grávida e já tinha dois filhos, um deles com dois anos. Quando o caçula nasceu, o levava comigo para faculdade. E assim consegui concluir a graduação”.
Apaixonada por Laguna, ela avalia o que, em seu ponto de vista, falta para o tão sonhado desenvolvimento da cidade: “Temos tanto a ser mostrado, tanto para ser explorado turisticamente. Alimento o pensamento de que se cada um fizer sua parte poderemos ir longe. Se na entrada da cidade, os moradores recebessem algum incentivo por manter a frente de suas casas mais bonitas. A implantação de um curso de turismo na UDESC, para que os jovens tragam idéias e inovações. Muitos empregos poderiam ser gerados com a profissionalização dos atrativos turísticos que temos”, finaliza.
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