Natural de Santos (SP), mas criado em Laguna, Thiago Laurindo não poderia estar em outra área se não a da arte. Apaixonado por tudo que diz respeito a interpretação, o filho de dona “Tiana” e de “seo” Dorico, como carinhosamente são chamados, acumula formação em Artes Cênicas e Visuais e concilia o dia a dia entre as mais variadas atividades e funções.
Ator, maquiador, contador de história, diretor de teatro e professor de Artes. Se o leitor cansou só em ler, tenha a certeza de que nosso focalizado encara as empreitadas que surgem em seu dia a dia, com o folego de quem faria além se o dia ainda tivesse mais horas a oferecer: “Atualmente ainda exerço atividade na Prefeitura de Laguna. É muito difícil “sobreviver” única e exclusivamente da arte, mas a minha rotina se completa entre o estudo, planos de aula, as contações de história que realizo nas horas livres e até ensaios para as peças de teatro”, explica.
Apresentado e motivado por uma professora, há cerca de 18 anos, o menino tímido viu sua personalidade mudar ao longo do tempo: “Após participar de peças teatrais na escola, fiz parte do Grupo Teatral Terra, onde pude viver o teatro propriamente dito e lá eu decidi que o que queria e faria para o resto dos meus dias”, enfatiza.
Dentre as inúmeras razões que o fazem ser um verdadeiro aficcionado pelo trabalho, Thiago aponta algumas delas: “O brilho no olhar de quem assiste a uma peça, observa uma obra de arte ou é maquiado pela primeira vez. Gosto da adrenalina dos palcos, do desafio de fazer a plateia rir, chorar, se emocionar”, e ainda acrescenta: “É preciso estar preparado para qualquer situação. Ainda que se esteja com o texto na ponta da língua, mas se o ator não estiver em sintonia com a plateia, ele a perde para sempre. O teatro é um grande desafio. Não é a TV que você pode parar, arrumar e gravar de novo e que ainda tem a edição, restando ao público ver o “melhor” que conseguiram extrair. O teatro é da hora, tem que estar no ponto exato, encantar de cara, no primeiro momento”.
Quando questionado sobre o que lhe desmotiva, também tem seus desapontamentos: “Entre todas as áreas em que atuo, sem dúvida a maquiagem artística é a que sofre mais. As pessoas não dão o valor devido. Acham que os produtos não são caros ou que se trabalha apenas com um lápis de olhos e um batom qualquer e não é assim que funciona. Já no teatro, nós (pequenos artistas), ainda não somos acolhidos pela grande parte da sociedade. É comum você ir assistir a um espetáculo e ter apenas 20, 30 pessoas na plateia”
Para o futuro, o profissional procura ser cauteloso e projetar à curto prazo: “Não costumo ter planos para muito tempo, mas para esse ano estou com alguns projetos já encaminhados, como as aulas de teatro em um estúdio, que inicia em abril. Vou expor um trabalho junto a turma da faculdade no Museu Willy Zumblick , em Tubarão. E para o segundo semestre, estreio “O Pequeno Príncipe”, o mais novo espetáculo da Entre Atos Cia de Teatro, o qual trabalharei com Thiago Santhiago. Com essa peça, inclusive, pretendemos viajar todo o estado”, finaliza.
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