O jornalista Nei Manique, que publica o IDADE MÍDIA, a partir de Criciúma, essa semana brinda os nossos leitores com registros da catástrofe de 74, inclusive com uma foto(e conforme protocolo internacional, fotografava-se o rosto e fixava-se um código na sepultura, permitindo incontáveis remoções a outros cemitérios) do Arquivo Público e Histórico, da cidade azul, onde aparece um dos primeiros sepultamentos em cova coletiva, de vítimas da grande enchente de 24 de março de 1974, na vizinha Tubarão, onde residiu por dois anos e meio. Confira!
Após 47 anos, a extensa cova onde acomodaram-se corpos e clamores de um povo ainda hoje traumatizado remete a um paralelo. Reproduzido, embora sem similaridade, de forma cruel nas imagens de cemitérios pelo mundo afora durante a pandemia.
Se para tantos a esperança sucumbiu hoje ao vírus, é de Tubarão que ressurgem, também a cada março, as marcas de um soerguimento atávico. Alimentada por relatos de pais e avós, a história espelha agora o caráter forjado na dor e – sobretudo – na alma de sua gente.
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