Já virou situação corriqueira. Você estaciona o carro em alguma vaga pelo Centro Histórico e ao descer é abordado por um pedinte. Os relatos de experiências vivenciadas por lagunenses e escassos visitantes estão expostos diariamente nas redes sociais, demonstrando o medo e o descaso com uma situação que vem crescendo de forma silenciosa. Os arredores do Banco do Brasil e do Supermercado Angeloni são os principais pontos de aglomeração: “Está desanimador e apavorante sair a pé. Eles vem e nos intimidam, geralmente as mulheres. Está ficando muito perigoso. Durante o fim de semana fui abordada por cinco, cada dia aparece um diferente. Estou com muito medo de andar sozinha pelas ruas do centro”, enfatiza a moradora Cláudia Netto Lopes da Silva.
Morador do centro, Mauri Wisintainer acompanha de perto a realidade da área: “Quase que diariamente passam pedintes no meu portão. Ainda essa semana, presenciei uma cena, de uma mulher aparentando pouco mais de 30 anos, abordando uma residência. Como não foi atendida, disse um monte de desaforos. Não é admissível”, relata.
Procurado pelo JL, o secretário de Assistência Social, Enivaldo Torres, destacou: “O que se sabe é que poucos destes pedintes são da cidade, a pasta está procurando caso a caso e está fazendo um trabalho de indagação de cada uma dessas pessoas”.
Não é apenas o Centro Histórico que enfrenta esse problema. Usuários do transporte público tem se deparado com cenas alarmantes na rodoviária, especialmente à noite, transformada em verdadeiro dormitório, uma vergonha.
Moradores de rua transformam rodoviária em dormitório
Se no início eram apenas dois, agora já são mais de 16, os moradores de rua que fazem de dormitório a Estação Rodoviária Municipal, apresentando todas as manhãs, um resultado nada animador para os que ali empreendem e para os que utilizam os serviços de transporte, com restos de comida e até de dejetos humanos nos corredores, ficando claro que pouco ou quase nada é feito pelo setor de assistência social da cidade, que deveria promover abordagem social 24h e até quem sabe, criar uma casa de passagem para que, entrevistado e devidamente registrado, seja encaminhado no dia seguinte para a cidade de origem, até porque se dispomos de poucos recursos para auxiliarmos os nativos, imaginem os de outros municípios.
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