Valério Fernandes

Um profissional que é doçura pura. Assim podemos definir a coluna desta edição, que apresenta aos lagunenses, um lagunista, natural do Paraná, que desde 1986 encantou-se pelas belezas naturais e a tranquilidade de nossa cidade e anos depois, já com a família constituída decidiu fazê-la seu pedaço de chão. Filho da saudosa dona Genir e de “seo” Paulo Fernandes, Valério pode ser visto vendendo cocada e churros no centro da cidade todos os dias. A atividade, passada de mãe para filho, aconteceu de forma natural ao curitibano: “Já fui caminhoneiro, trabalhei em posto de gasolina, até surgir à vontade de ser ambulante, que me proporcionaria uma renda maior e a possibilidade de ser dono dos meus horários”, pontua. Laguna surgiu na vida do focalizado através de um folder: “Era 1985, quando na companhia da minha falecida mãe, encontramos um folheto da Festa de Santo Antônio. Decidimos conhecer o lugar e dali em diante tive a certeza de que um dia aqui viria para morar”. O tempo passou, ele casou-se com Vanilda, com quem teve as filhas Rafaela e Isabela e o grande desejo concretizou-se: “E quem seria louco de não gostar de Laguna? Isto aqui é o paraíso!”, brinca o vendedor. Em sua estrutura montada no centro da cidade, nos dias de semana, já chegou a vender até 500 cocadas em dias de grande movimento, principalmente na época de festa do Padroeiro: “ Não tenho ponto fixo, portanto, todos os dias, por volta das sete horas, já estou deixando meu carrinho na esquina. É então que começo a confecção de meus produtos e colocar na exposição os que já trouxe pronto de casa”. E acredite! O sucesso é tamanho. Durante a reportagem, inúmeros foram os pais que não resistiram ao pedido dos filhos por um churro e acabaram levando até alguns a mais para casa. E se durante o ano é neste segmento que o avô de Pedro Augusto garante sua clientela, no verão, é refrescando a sede dos turistas e banhistas: “Na temporada meu foco é o caldo de cana. Este ano pretendo começar a vender pastel também. Acho que é uma combinação perfeita”, avalia. Quando questionado sobre o que a atividade tem de melhor, garante: “Sem dúvida o contato com o público e a chance de aprender um pouquinho mais a cada dia”. Se o assunto são os planos para o futuro, eles existem, e são muitos: “Quero comprar um trailer, para ter a infraestrutura necessária. No pessoal, o meu desejo é conhecer algumas praias de nosso país e outros lugares, claro, que na companhia da minha esposa e de minha filha mais nova”.