A história de Laguna começa na pré-história com os índios carijós pertencentes à raça Tupi-guarani. E como prova de sua existência, deixaram aqui os Sambaquis (Sítios Arqueológicos Milenares) ou Cemitérios Indígenas, que eram formados por montões de conchas, restos de cozinha e de esqueletos dos próprios índios que aqui habitavam. São 22 Sambaquis localizados em Laguna. A história continua com o Tratado de Tordesilhas. Há 522 anos atrás, em 7 de junho de 1494, as duas maiores potências mundiais da época, Portugal e Espanha, foram incluídas na primeira grande decisão colonial do mundo. Fariam parte do Tratado de Tordesilhas. O documento entrou para a história e evitou a guerra entre Portugal e Espanha. Foi traçada uma linha imaginária de 1,5 milhão de quilômetros de extensão, que no Brasil cortava a Ilha de Marajó (PA) ao norte e Laguna ao sul; as terras encontradas ou a descobrir, a leste do meridiano seriam portuguesas e os territórios a oeste pertenceriam aos espanhóis. Uma das hipóteses levantadas em Laguna, é que a linha definida por Tordesilhas passaria perto da Praia do Gi, na chamada Pedra do Frade. Daí espanhóis logo chegaram ao sul do Brasil para demarcar o Tratado de Tordesilhas. Fundada em 1676, Laguna serviu como posto avançado da coroa portuguesa, utilizada como ponto estratégico de apoio para o desbravamento da região sul, como local de resistência nos conflitos existentes entre Portugal e Espanha, pela posse do território não explorado. Seu fundador, Domingos de Brito Peixoto, lançou as bases de um povoamento que seria no futuro, cenário de importantes acontecimentos da história brasileira. Tendo alcançado projeção na Guerra dos Farrapos, onde abraçou o ideal republicano, foi em Laguna que se instituiu pela segunda vez, em território brasileiro, uma república, chamada de República Catarinense ou Juliana. Embora de curta duração, pois logo as forças imperiais retomaram o território, a República Juliana permanece no decorrer dos anos, como exemplo da cultura, do ideal e a coragem do povo lagunense, na defesa dos seu ideais de justiça e igualdade. Mas Laguna também participou da guerra do Paraguai, destacando-se mais uma vez a coragem e a bravura de seus filhos. Hoje suas ruas estreitas, seu casario, bem como sua história, estão protegidos, tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional. Laguna conservará para sempre um passado altaneiro que sempre abrirá suas portas para um futuro brilhante. Ana Maria de Jesus Ribeiro, a “Anita”, nasceu em 1821 em Morrinhos, distrito de Laguna na então província de Santa Catarina. Seus pais, Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus eram pobres, porém honrados. Anita herdou a energia e a coragem, revelando-se desde criança um caráter independente e resoluto. Aos 18 anos conheceu Giuseppe Garibaldi, que viera com as tropas farropilhas de Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes, tomar Laguna em julho de 1839, fundando a “República Juliana dos Cem dias”. Garibaldi chegara à Laguna com fama de herói pelo feito épico que acabara de realizar ao transportar, por terra, as duas embarcações “Seival” e “Farropilha”, de Capivari à Tramandaí e posteriormente salvando do naufrágio a primeira, ao sul do Cabo de Santa Marta. Em 1984, Laguna passou a figurar como a primeira cidade de Sta. Catarina a ser tombada como Patrimônio Histórico Nacional, sendo responsável pelo mesmo o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) tombando os diversos monumentos históricos e aproximadamente 600 casas.
Distância dos principais Centros Urbanos
Criciúma – 82 km
Florianópolis – 100 km
Joinville – 279 km
Porto Alegre – 347 km
Caxias do Sul (Rota do Sol) – 356 km
Curitiba – 410 km
São Paulo (capital) – 798 km
Rio de Janeiro – 1231 km
Buenos Aires – 1707 km
Brasília – 1728 km
Rodovias de acesso
BR-101 e SC-100
Localização
Latitude 280 28’54’’
Longitude 480 46’56’’ de Greenwich e altitude media 4 metros acima do mar. O município está localizado a 100 km da Capital de Estado (Florianópolis) e a 20 km do centro regional mais próximo que é Tubarão.
Distância dos principais Aeroportos
Jaguaruna (Humberto Guizzo Bortoluzzi) – 30 km
Forquilhinha (Diomício Freitas) – 91,4 km
Florianópolis (Hercílio Luz) – 110 km
Navegantes (Navegantes) – 216 km
Joinville – 273 km
Porto Alegre (Salgado Filho) – 344 km
Curitiba – 441 km
Portos próximos
Imbituba – 30 km
Itajaí – 201 km
São Francisco do Sul – 291 km
Itapoá- 355 km
Praia da Cigana
Um dos recantos tranquilos do litoral lagunense, a Cigana é muito procurada por aqueles que querem sossego. Para chegar à praia é preciso fazer a travessia de balsa sobre os Molhes da Barra.
Praia do Cardoso
Localizada na região do Farol é conhecida como a praia dos pescadores, pois dela partem as embarcações para a pesca em alto mar. Sua faixa de areia é larga, possuindo no lado norte, abrigos, mais conhecido por ranchos, para guardar suas embarcações. Suas ondas despertam o interesse de surfistas de todo Brasil. As dunas também são outra atração do lugar.
Praia do Mar Grosso
Com 3 Km de extensão, sua larga faixa de areia proporciona lazer à beira mar, banhos de sol, atividades esportivas, como caminhadas, futebol e frescobol. No lado sul da praia do Mar Grosso, está os Molhes da Barra, um quebra-mar de pedras de 2 Km de extensão que avança no mar e convida à pesca ou à simples contemplação da paisagem, de onde podem-se avistar a pesca com auxílio dos botos. No extremo norte da praia do Mar Grosso encontram-se os granitos cor de rosa, formação rochosa raríssima no país. Sobre estas pedras, avista-se a praia do Iró e a Praia do Gi. O Mar Grosso é intensamente frequentado por turistas durante o ano inteiro, possui completa infra-estrutura de hotéis, pousadas, restaurantes, bares e casas noturnas.
Praia do Gravatá
Uma praia totalmente agreste. O acesso é feito somente por trilhas, como a dos Butiazeiros, que parte da Ponta da Barra até o mar. No trajeto é possível encontrar o butiá, famosa fruta nativa de nossa cidade.
Praia do Gi
Com 6 Km de extensão, coberta de vegetação rasteira e algumas pedras, formando um visual belíssimo e diferente, a praia do Gi é “vizinha” da Pedra do Frade, importante ponto turístico, que desafia a lei da gravidade com seus 9 metros de altura. O lado norte da praia, é chamado carinhosamente pelos surfistas por Pico do Cavalinho, e o Sul, por Pico da Baleia. Com uma larga faixa de areia, os carros tem acesso até próximo ao mar.
Refúgio
Barranceira
Banhado pela lagoa Santo Antônio dos Anjos, o balneário Barranceira é um verdadeiro refúgio para os que já tiveram a chance de o conhecer. Ali se encontram águas tranqüilas e pouco vento e areia. O espaço tem gramado com árvores e calçada, tudo preservado com muito carinho e zelo pela comunidade que lá reside. Para chegar ao local, atravessando o trevo, entra-se à direita no sentido norte. Antes de chegar ao local a dica é comprar butiás, fruta típica da região e saboreá-los embaixo de uma frondosa sombra. O espaço é perfeito para famílias com crianças, visto o estado de preservação da lagoa somado ao sossego do lugar. Cabe lembrar que é proibido estacionar no local, sendo que o visitante precisa deixar o carro na rua principal da comunidade e descer até o pequeno balneário, ponto de partida de muitos pescadores. Em determinadas épocas é possível acompanhar a secagem das redes de captura de camarão além do sarilho, casa para guardar os barcos acima da água, característica da região. Pássaros nativos, como o biguá e garças passeiam à procura por comida. Famílias gaúchas e criciumenses já descobriram o refúgio e já construíram belas casas a poucos metros do local. Os barulhos mais comuns do balneário são os risos das crianças e conversas alegres das famílias que procuram se reunir principalmente na alta estação.
Pescaria
“Tá nervoso? Vai pescar!” Já diria o verso da música. E seguir esta dica é, sem dúvida, uma das ações mais fáceis na terra de Anita. Cercada de água por todos os lados, a cidade propicia a prática e de quebra proporciona ao pescador, seja ele profissional ou de primeira viagem, uma verdadeira vista cinematográfica. A sugestão do JL é passar em uma das casas de artigos de pesca no Centro Histórico, comprar seu equipamento e as iscas e decidir o local da pescaria. Nas Docas, próximo ao Mercado Público, são muitos os adeptos, mas a grande maioria ainda se concentra nos Molhes da Barra. Lá, provavelmente, você terá contato com diversos amadores e profissionais na área e poderá ouvir inúmeras histórias de pescador! De tarrafa ou molinete, dependendo da sua performance, é possível pegar uma corvina, tainha, papa terra, bagre, anchova ou robalo. Caso passe algumas horas e o balde fique vazio, fique tranquilo! Basta passar na Nobres Pescados, na praia do Mar Grosso e chegar em casa com “aquela” moral.
Artesanato
Quer conhecer a cultura e a tradição de um povo? Visite o seu Mercado Público e contemple seu artesanato. Como no caso, nosso mercado está em processo de restauração, a sugestão fica por conta da Casa das Artes. O espaço foi inaugurado em dezembro de 2013 e hoje abriga grande parte do artesanato produzido pelos talentosos artesãos de nosso município. Os trabalhos confeccionados com escamas de peixes, conchas e outros materiais são alguns dos destaques, além da réplica da Ponte Anita Garibaldi, que já pode ser levada de recordação por nossos turistas. A Casa das Artes está localizada na rua Voluntário Carpes, próximo ao Hospital, e está aberta de segunda a sábado, das 8h30 às 18h, sem fechar ao meio-dia.