Há 30 anos, a chef de cozinha dedica-se a deliciosa atividade do ramo da gastronomia.
Inúmeras foram as cozinhas de restaurantes lagunenses que levaram sua “assinatura”. O sabor e o tempero reconhecível, fizeram história no Sorvetão, restaurantes do Flipper e Iate Clube e atualmente no Caiçara. Os leitores são convidados a conhecer nesta edição, a rotina de Zair Souza Donário, a “Ia”, que há 30 anos dedica-se a deliciosa atividade do ramo da gastronomia. A filha de dona Zaida e do saudoso “seo” Ivan Souza não lembra ao certo quando a empatia com as panelas e o fogão começou: “Sempre tive fascinação por cozinhar. Desde moça já gostava de fazer as refeições em casa. Com o tempo fui aprimorando e transformando o hobby em profissão”. O apelido “Ia” foi dado por um tio ainda na infância, sem grandes motivos, mas com uma força que a faz ser reconhecida até hoje pelo pseudônimo: “Por mais que me perguntem, eu não lembro. Nem minha mãe sabe dizer. Só sei que marcou e pegou tanto, que até na época em que vendi marmita, coloquei o nome de Marmitas da Ia”. Apesar do amor e da empatia com a culinária, foi no mundo dos livros que a focalizada deu início a sua trajetória profissional: “Trabalhei por 15 anos na Livraria do Juca. Foram anos de muito aprendizado. Cresci e adquirí experiência além do trabalho.Cresci para a vida”, relembra a lagunense. A rotina da cozinheira inicia muito cedo, quando o Sol ainda não nasceu: “Levanto às cinco da manhã. Tomo meu café, arrumo algumas coisas e às seis horas vou para a academia. Gosto de dedicar duas horas para a malhação. Volto para casa, faço algum serviço doméstico e daí sim vou para o restaurante e só saio no meio da tarde. Uso o tempo de folga para tomar um café e retorno para o trabalho onde fico até o último cliente pedir a conta.” Quando questionada sobre o que há de melhor na profissão, Zair aponta a satisfação do cliente: “Isto acontece com qualquer pessoa que cozinhe. Ver as pessoas degustando da sua comida e ficando satisfeitas é o melhor retorno. Fico muito feliz”. Mas nem tudo é tão perfeito na rotina de quem “administra” a cozinha de um restaurante: “ O dia-a-dia é complicado. Não tem fim de semana, feriados, datas comemorativas. Tudo é sempre pensando no movimento, nos clientes, no que precisa ser feito ou os produtos a mais que precisam ser comprados. O ritmo é puxado”. Uma dica de prato? Como boa lagunense, a profissional aponta os de frutos do mar: “Meu predileto é o “À moda do Chefe”. Com peixe e camarão. Não tem quem não goste”. Mas surpreendentemente, são nos cafés da tarde, que a mãe de Anderson, Leandro e Carolina mais se realiza: “Adoro estar na companhia da minha mãe e de minhas irmãs. Montamos uma boa mesa de café e passamos horas papeando. Acho que vivo tanto em função de almoços e jantares, que acabo direcionando minhas horas de folga para o que é mais prático”, brinca. Com planos de trabalhar até o momento em que a saúde permitir, a mulher de Jaime, seu companheiro não apenas de vida, mas também de trabalho, tem no descanso e nas viagens os planos para seu futuro: “Já trabalhei demais. Quero dedicar um tempo também para descansar com meu marido, curtir um pouco mais, planejar passeios. Essas são minhas futuras e sonhadas metas”.