Gente de nossa terra

Maria Seraphina de Oliveira

★25/04/1914
✝ 02/02/2014

Nascida em Itapetininga (SP), dona Maria Seraphina de Oliveira já aos nove anos ficou órfã de pai e mãe. Ainda jovem, acompanhou seu avô Manoel para Laguna, isto em 1942, e aqui, inicialmente ministrando aulas no Grupo Escolar Jerônimo Coelho. Com uma bagagem intelectual admirável, foi uma profissional das mais respeitadas, lecionando durante 22 anos Matemática, Didática, Psicologia, Desenho e Pedagogia, na Escola Normal Varella Junior, onde também atuou como auxiliar de direção. No Ginásio Lagunense ela ministrou História, Puericultura e Português. Formada Lente Catedrática pela Universidade Federal de Santa Catarina, até a sua aposentadoria deu aulas de português para alunos de 1º e 2º graus na hoje Escola de Ensino Médio Almirante Lamego. Lembrando que na década de 50, na Rádio Difusora, apresentou crônicas de sua autoria no programa A Hora do Despertador (de Dakir Polidoro). Ela escreveu quatro contos, premiados no Rio de Janeiro em concurso nacional. Recebeu diversos prêmios, e seus contos foram gravados em disco na Rádio Tupi, de São Paulo e suas trovas publicadas em uma revista da Argentina. Por três vezes foi premiada no Concurso de Trovas, promovido pela Associação dos Jogos Florais, do Rio de Janeiro. Em 27 de abril de 1996, foi homenageada pela Câmara de Vereadores de Laguna, que lhe outorgou o título de cidadã lagunense. O discurso que proferiu nessa ocasião foi considerado por muitos uma peça literária. Iniciava afirmando “é o meu coração que pede a palavra”. Falecida aos 99 anos e nove meses em 2 de fevereiro de 2014 em Balneário Camboriu, onde residia, dona Maria Seraphina teve uma vida abençoada e saudável, lúcida até o último dia. Tinha vontade de aprender, não reclamava de doença, cansaço ou dor e se interessava pela vida contemporânea. Registre-se também que ela dedicou se à pintura e ao desenho, e suas obras eram presenteadas aos familiares e amigos.

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