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Aibil Barreto: 1940/2018

Aos 78 anos, foi sepultado ontem, 6, em Florianópolis, o radialista lagunense Aibil Barreto, o mais jovem dos irmãos Cyro e JJ Barreto e tio do ex-senador Jaison Barreto. Ele fez história no rádio de Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, além de ter viajado pelo Brasil como apresentador do casal Conchita e Mário Mascarenhas, ambos famosos à época, ela como vedete e ele como acordeonista.
O caçula dos Barreto nasceu em Laguna no dia 16 de julho de 1940. Iniciou a carreira de radialista ao microfone da Rádio Anita Garibaldi de Florianópolis aos 14 anos impressionando pelo timbre nobre de sua voz e a maneira muitas vezes inusitada de dizer as coisas. Franco e leal com seus princípios e a graça de seu temperamento alegre e jovial era, também, cáustico quando algo o desagrada.
Desprendido e impulsivo, não teve dúvidas, logo na primeira chance com o convite do casal Mascarenhas, larga tudo e percorre boa parte do país até chegar na sonhada Rio de Janeiro, a metrópole mais desejada do Brasil naquela época, embora em 1960 tenha perdido a condição de Capital da República.
No Rio de Janeiro, Aibil trabalhou nas principais emissoras cariocas: rádios Mayrink Veiga, Nacional, Globo, Tupi, Mauá, Mundial e Rádio Relógio. Posteriormente atuou em emissoras do Paraná: Cultura (Curitiba) e Cruzeiro do Sul (Londrina); em São Paulo (Rádio Tupi, Cultura e TV Record), Rio Grande do Sul (Farroupilha e Gaúcha) e interior de Santa Catarina (Eldorado e Difusora de Criciúma, Garibaldi de Laguna e Clube de Itajaí). No retorno a Florianópolis integrou as equipes da Rádio Santa Catarina e da TV Cultura. Além de repórter e locutor Aibil se tornou conhecido em Florianópolis como o apresentador do Festival de Emoções, um programa com música e textos românticos nas noites da Rádio Anita Garibaldi.
“A carreira do jornalista Aibil Barreto sempre se pautou pela ousadia de suas intervenções e pela irreverência de suas atitudes notabilizadas pelos escritos de Aldírio Simões, Oscar Berendt Neto, Heraldo Monteiro, Raul Caldas Filho e Roberto Alves”, diz o irmão Cyro Barreto.

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