Gente de nossa terra

Anilza Leoni

★10/10/1933
✝06/08/2009

Nascida em Laguna, em 10 de outubro de 1933, Anilza Pinho de Carvalho (artisticamente Leoni), após a morte de seu pai, com a mãe e irmãos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Ruy Barbosa mas, aos 15 anos teve que trabalhar como datilógrafa e secretária para sustentar a família, já que sua mãe adoecera. Bonita, aos 16 anos participou e ganhou o concurso “Miss Sereia”, sendo convidada a trabalhar como “girl” nos shows comandados por Renata fronzi e César Ladeira e na revista “Zum-Zum!”, com Dercy Gonçalves. A partir de então passou a adotar o nome artístico Anilza Leoni (em homenagem ao jogador Leônidas). Entre as revistas, que fez as suas primeiras falas, destaque para ‘Acontece que sou baiano”, “Feitiço da Vila”, ambas em 1953. Mas foi em 1954, ao substituir Dorinha Duval na revista “Corrossel de 53”, que consolidou-se como uma das maiores vedetes do Brasil, tendo trabalhado com Carlos Machado, Zilco Ribeiro e Walter Pinto, entre outros, estrelando inúmeras revistas como “TV para crer” e “Aperte o cinto”. No início de 60 fez teatro de comédia, como “Boa noite Bettina”, e cinema, com várias chanchadas da Herbert Richers, ao lado de Ankito, Grande Otelo e Wilson Grey. Na TV fez teleteatro ao vivo, como o Câmera Um, do também catarinense Jacy Campos e novelas, como a primeira adptação de Gabriela (1961), com Paulo Autran. Fez também humorísticos e musicais, tendo participado dos “Espetáculos Tonelux” e “Noites Cariocas”, além de muitas aparições em programas da Globo e TV Educativa. Em 1985, voltou a mídia, interpretando a fútil Esterzinha, madrasta de Jô (Christiane Torloni), na novela A Gata Comeu, de Ivani Ribeiro, e como a cartomante Edite, em “Barriga de Aluguel”, ambas pela Globo. Em 1990 recebeu o Prêmio Mambembe, por suas atuações em peças como “Por falta de roupa nova, passei o ferro na velha” e a montagem espírita “Além da vida”. Com a morte de seu filho, interrompeu a carreira, fazendo apenas participações esporádicas na TV, na verdade, pontas em novelas como Porto dos Milagres e Desejos de Mulher.Em 2005 esteve em cartaz com a peça “Ellizabeth Taylor do Brasil”, com texto e direção de Dejair Cardoso, ao lado de Adriano Reys, Jalusa Barcellos, Mayra Capovilla e Eduardo Salles. Também naquele ano participou do episódio “A bomba do RioCentro”, do programa Linha Direta, da Globo. Entre novelas e peças, Anilza participou de mais de cem espetáculos. Anilza Leoni morava sozinha na Tijuca, no Rio e tinha uma filha e uma neta, que moram nos EUA. Semanalmente, para jogar buraco e “conversa fora”, se reunia com suas amigas como Maria Helena Dias, Sandra Sandré, além de praticar a pintura. A lagunense era uma atriz, cantora, bailarina e pintora. Seu lema de vida era “nunca chores por teres perdido o sol, porque as lágrimas não te deixarão ver as estrelas”.

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