Gente de nossa terra

Antônio Manoel dos Santos

* 31/7/1923
+17/04/1995

Filho de Maria Leonor (Castro) e de Alfredo Manoel dos Santos, Antônio Manoel dos Santos, mais conhecido por “Antonio Rádio Técnico e ou Antonio do Doca”, nasceu aqui em 31 de julho de 1923. Apaixonado pela comunicação logo tornou-se técnico em Eletrônica e autodidata buscou o aperfeiçoamento através de cursos por correspondência, chegando a desenvolver em sua casa, uma rádio degalena de construção caseira (tipo receptor de modulação AM, utilizado nos primórdios do rádio). Como técnico, sempre auxiliando o amigo Carlos Cordeiro Horn na instalação e montagem da parte técnica de diversas emissoras de rádio da região e muito especialmente das nossas Difusora e Garibaldi e 26 de Abril(hoje Litoral), de Imarui, com a participação dos amigos de profissão Aliatar Barreiros e Valmir Guedes. É voz corrente que a Rádio Garibaldi, quando foi ao ar em 19 de agosto de 1959, teve a sugestão de sua denominação pelo “seo Antônio”, que sugeriu Anita Garibaldi, com o então proprietário da emissora, dr. Walmor de Oliveira definindo apenas por Garibaldi, com o argumento de que Anita que já tinha muita homenagem. A lembrar, também que o nosso focalizado mantinha um serviço de auto-falante (Cacique no Ar) nos altos da antiga Estação Rodoviária, em sociedade com José Ambrozini, veiculando publicidade das lojas comerciais da cidade, inclusive sendo os primeiros a fazer propaganda das Casas São Paulo. Também divulgava as tradicionais festas de Santo Antônio dos Anjos e de Navegantes e claro de outras localidades como as do Ribeirão Pequeno, Madre, Siqueiro, Pescaria Brava, Morro Grande e Imarui. Mais tarde, o “seo Antônio” montou no mesmo local (altos da Rodoviária), uma completa oficina de conserto de rádio e TV e um atelier fotográfico, cobrindo eventos e vendendo monóculos, a grande onda da época. Foi ele quem montou e deu manutenção  a primeira antena receptora de TV, no Morro da Glória, assim como também dava assistência aos equipamentos do Cine Roma, sem contar que foi suboficial eletricista da Marinha Mercante, desenvolvendo suas ações no porto de Laguna, e assim atendendo os navios Siderúrgica Sete e Nove e com mais freqüência nos navios da Samena (da Companhia Brasnamar) e Santista (da Companhia Conan), que faziam linhas nacionais e internacionais. Ali ele trabalhou até a sua aposentadoria em 1986. Devoto de São Jorge e de Nossa Senhora Aparecida, torcedor do Botafogo, era casado com dona Lucinda (Infância Costa), igualmente já falecida e com quem  teve os filhos João Batista, Elizabeth (ambos já falecidos), Wilson, Maria das Graças, Fátima, Paulo Antônio, Marlon José e Norton, 15 netos, 10 bisnetos e três tataranetos. “Ele era o nosso orgulho e a nossa maior referência de vida”, lembra Paulo, um de seus filhos, acrescentando que “gostaria que meu pai estivesse aqui para ver toda essa tecnologia que existe nos dias de hoje. Antônio Manoel dos Santos faleceu em 17 de abril de 1995.

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