Gente de nossa terra

Archimedes de Castro Faria

★08/11/1910
✝14/11/1997

Fluminense de Campos, onde nasceu em 8 de novembro de 1910, filho de Francisca (Barboza) e de Antonio Joaquim de Castro Faria, em sua biografia de homem de convicções fortes, destaque-se que, aos 22 anos, participou, como voluntário, da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, inclusive sofrendo ferimentos em combate, por estilhaços de bomba lançada por um avião, vindo convalescer em São Joaquim, onde seu irmão, Agripa, exercia a medicina. Sabe-se que teria cursado formalmente apenas o curso primário, provavelmente por ter ficado órfão aos doze anos, motivo para que seu espírito irrequieto procurasse uma adptação à nova condição de vida, o que, no enfoque de sua atuação literária só lhe acresce louros na biografia. Vinha, no entanto, de família muito culta. O pai fora diretor do Liceu de Campos, onde também lecionava matemática, vocação que parece ter transmitido à família. Talvez o círculo familiar proporcionasse um meio ambiente onde se respirava cultura, posto que a  maioria de seus dez irmãos seguiram carreira de formação superior, entre as quais a Medicina, Direito e o Magistério, o que explica em parte a familiaridade com livros. Foi na cidade serrana que ele conheceu a esposa, dona Lilia (Vieira), com quem viria a se casar e constituir uma numerosa família, com nove filhos: Natércia, Péricles, Antonio Joaquim (o Tuba), Cirilo, Marilia, Archimedes, Eneida, Rita de Cássia e Maria Inês. Em 1943, mudou-se para Laguna, para exercer o cargo de tesoureiro da Administração do Porto de Laguna, então em plena atividade carvoeira. Aqui viveu  e militou ativamente na vida comunitária, quer como vereador na década de 40, homem público, literato e colaborador nos meios de comunicação, especialmente no jornal O Albor e Rádio Difusora, sem esquecer que também atuou no comércio, como sócio da Panificadora Imperatriz.  De sua obra mais conhecida, a que caiu no coração do povo e vem se perpetuando como canção, é o hino do Coral Santo Antônio (Laguna, terra querida, celeiro de boa gente…), uma declaração de amor à cidade que escolheu para viver a maior parte de sua vida. Faleceu aqui em 14 de novembro de 1997.

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