Letícia Zanini

Autenticidade no trabalho: auda ou atrapalha?

Inúmeras pessoas resistem em viver de acordo com as próprias crenças e desejos por medo de fugir do padrão ditado pela sociedade e assim, não serem aceitos. Somos influenciados diariamente com inúmeras informações sobre modelos de profissionais dizendo como devemos agir, qual o jeito certo se vestir, comer, falar, etc. Mas onde está o problema nisso? Uma vida em repetição, uma espécie de “contrl+c contrl+v” do que todo mundo faz. E é claro, perdemos nossa capacidade de sermos autênticos.
Na vida profissional ser autêntico pode sim mantê-lo no jogo ou eliminá-lo de vez. Como assim?
Simples, por exemplo, você não precisa, e nem deve, concordar com todos o tempo todo, colocar seu ponto de vista é uma forma de expressar sua autenticidade. A falta de uma visão sua não lhe permite ter originalidade e isso é altamente desconfortável pois você sempre estará à espera de que outros criem para que você possa então, multiplicar aquilo que o outro faz, mas como você não banca sua essência, alguém fará isso no seu lugar.
Por isso, não podemos distanciar autenticidade de autoconhecimento. Precisamos estar conscientes sobre nossos potenciais e também nossas vulnerabilidades.
Para a maioria, tornar-se único é quase impossível em virtude da preocupação em imitar os modelos existentes para não frustrar expectativas.
Por isso é tão desafiador ser autêntico, pois implica em agir de acordo com sua verdadeira essência, valores, potenciais e tudo aquilo que é importante para você.
Na realidade Organizacional a autenticidade contribui para a originalidade que é o que alimenta a inovação. Porém, pode ser perigosa quando não é medida, por exemplo, o super sincero que não pensa antes de falar, que não analisa antes de agir e, com isso, pode transformar algo positivo em uma realidade negativa.
Ser autêntico significa olhar para o outro sem querer ser como o outro, é colocar sua impressão digital em todas as possibilidades de ação em sua vida.
“Buscas a perfeição? Não sejas vulgar. A autenticidade é muito mais difícil.” – Mario Quintana

Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental.

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