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Clube Blondin: empresa começa restauração

Vencedora do processo de licitação, a empresa Peifer, de Florianópolis, há alguns dias deu início aos trabalhos de restauração do centenário Clube Blondin, começando com a retirada de todo o piso, com investimentos na ordem de R$ 1.020.727,91, oriundos do PAC DAS CIDADES HISTÓRICAS, do governo federal, garantindo a integridade física como bem tombado e melhor que isso, quando concluídos, restabelecerá o uso, de forma qualificada à população lagunense. Aliás, a proposta de restauração é de manter quase que totalmente os aspectos da edificação, conservando as características mais marcantes do corpo principal do edifício, com seu uso sendo consolidado como clube, seguindo com o mesmo uso social desde a sua fundação. A lembrar que o imóvel do clube integra o conjunto edificado do Centro Histórico de Laguna, tombado em âmbito nacional. Toda a frente do clube ontem,16, estava recebendo tapumes, visando impedir, principalmente o acesso de curiosos e assim garantir a proteção de toda a obra, que deverá estar concluída em maio do próximo ano.

O clube

Fundado em 15 de novembro de 1887, portanto há 131 anos, somente no ano de 1907 é que teve construída a sua primeira sede, localizada na Praça Vidal ramos, onde hoje funciona o Escritório Técnico do Iphan, em nossa cidade. Em 1943, foi construída a atual sede, que sofreu alguns acréscimos ao longo dos anos.

A origem do clube

No dia 15 de novembro de 1887, um grupo de jovens entusiastas lagunenses fundaram o Clube Blondin, dentre os quais, Izidro Leveque De Laroque, Hugo Fischer, Ceciliano Pinto Ulysséa, Jacob Ulysséa, Salvato Guimarães Pinho, Dacio Magalhães, Antônio Augusto da Lapa, Álvaro Dias de Lima, Dario Mancelos, José Luciano de Mattos, Pedro Batista de Araújo, Júlio Inácio Machado, Virginio Cabrera, Alfredo Mancelos e José Camilo de Alcântara.

O principal objetivo do Clube era promover o desenvolvimento físico da mocidade daquela época, tendo em vista que os fundadores nutriam uma grande paixão pela ginástica esportiva. E, como não podia ser diferente, o nome do Clube foi uma homenagem a Charles Blondin, o maior equilibrista de todos os tempos, um francês que fez verdadeiras proezas em cima da corda bamba, ficando famoso pelas diversas travessias realizadas entre as margens das cataratas do Rio Niágara, divisa entre os Estados Unidos e o Canadá, com cerca de 330 metros de largura.

Outras obras em Laguna

Em Laguna, além do Blondin, recebem obras do mesmo programa, a Casa de Anita, Sociedade Musical Carlos Gomes e Clube União Operária, sem esquecer da Casa Candemil, que abriga o Arquivo Público Municipal, já concluido. Já a antiga Estação Ferroviária, no Campo de Fora, com àrea de 23 mil m² teve aprovado o projeto de recuperação, pelo Fundo de Direito Difuso, do Ministério da Justiça, envolvendo recursos na ordem de R$ 3.168.359,00, e agora aguarda a deflagração do processo licitatório, provavelmente a acontecer ainda em maio. Diferente do Clube Congresso Lagunense, que ainda  tem o projeto em tramitação.

 

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