Perfil

Deroci de Oliveira

No mês de abril, o maestro Deroci de Oliveira completou 65 anos de um “casamento” de sucesso com a Banda Carlos Gomes. Aos 73 anos, logo, uma vida quase inteira dedicada a um dos principais “relicários lagunenses”, ele conta aos leitores do JL um pouco mais de sua trajetória que se confunde com a da importante entidade.
Natural de Pescaria Brava, filho de dona Pedra e de “seo” Manoel Juvêncio Fernandes, o focalizado que é formado em técnico Administrativo e Contabilidade, recorda como tudo começou: “Iniciei na Carlos Gomes aos 9 anos, por intermédio do meu pai, que na época era o maestro. Dali pra frente minha carreira foi sendo construída, inicialmente na rádio Garibaldi, e posteriormente com passagem no conjunto San Remo, Coral Nossa Senhora dos Navegantes e como professor de música e de técnicas iniciais na Fundação Bradesco”.
Quando questionado sobre o número de crianças e adolescentes que já estiveram sob sua batuta, avalia: “Muito mais de 600, entre músicos a aprendizes. E ainda sinto que tenho muito o que aprender e ensinar a cada um deles”, revela Deroci que avalia a forma como a Carlos Gomes e a cultura na cidade são tratadas: “Acho que sempre foi muito mal administrada. É preciso mais incentivos e dar oportunidade a quem realmente conhece a cultura”.
Sobre as incontáveis apresentações já realizadas, uma delas o maestro faz questão de apontar como inesquecível: “Todos os concertos com a Carlos Gomes são memoráveis, mas quando participei da orquestra do circo Robattini foi uma felicidade imensa”.
Conciliando a atividade na entidade com o Coral Navegantes e a pescaria, um de seus hobbies, o maestro define em uma frase o que a centenária banda representa em sua vida: “É meu tudo, um orgulho sem tamanho por ser um celeiro de bons músicos, por mim selecionados”, finaliza.

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