Gente de nossa terra

Erlindo Amboni

★25/12/1904
✝14/09/1984

Filho de Rosa (Berlanda) e de Antônio Amboni, o nosso focalizado nasceu em Rio Cedro Médio, distrito de São Bento Baixo, ali ao lado de Criciúma, em 25 de dezembro de 1904. Junto com os pais e seus irmãos Ítalo, Irio, Irmã, Otávio, Arno, Divo, Irene,Sírio e Olívia, ele até que tomou gosto pela produção rural, com cultivo de arroz e criação de porcos. Mas aos 12 anos, à convite dos tios Jacinto e Angelina Tasso, o “seo”Erlindo veio estudar em Laguna e, para contribuir com eles, fazia os trabalhos da casa. Mas aqui, logo ajustou-se no meio de pessoas distintas e por seu temperamento, caráter e honestidade, com dinamismo, soube conquistar a simpatia dos lagunenses, o que acabou facilitando e até justificando o sucesso que teve na atividade comercial, inicialmente trabalhando com o sr. Paulo Calil, na loja que vendia tecidos e armarinhos. Namorou e casou com dona Lenir (filha de dona Enedina Moreira e de Antonio Antunes Neto), com quem teve os filhos Antonio Guido (casado com Maria Teresa Pinho Medeiros), Geraldo (casado com Maria de Lourdes Neto), Raimundo José (casado com Diva Maria Pinho Gomes) e Lenira Maria (casada com Antonio de Pádua Nicolazzi). Jovem ainda, mas já com experiência e conhecimento da atividade comercial, se associou ao concunhado, sr. Luiz Remor e um outro amigo, De Luca, que residia em Nova Veneza e implantou a empresa de importação e exportação Luiz Remor e Cia Ltda, comercializando feijão, cebola e camarão seco, até porque na época não havia frigorífico. Amigo de todos, cresceu como empresário mas, sempre pronto para atender a filantropia, ajudando a todos dentro de suas possibilidades. Bonachão e fácil de fazer amigos, o nosso focalizado também enveredou para a política e adepto do Partido Liberal (do Presidente Getúlio Vargas), logo integrou a sua militância e dali para o Partido Integralista, cujo presidente era Plínio Salgado. Amboni também fez parte do Partido Italiano, então chamado de fascista, cujo chefe na Itália era nada menos que Benito Mussolini. Como empresário chegou à presidência da Associação Comercial, participando de memoráveis campanhas para a construção da estrada Laguna/Jaguaruna, Aeroporto Municipal, e dos estádios do Barriga Verde e Almirante Lamego, só para citarmos algumas de suas importantes ações. Brincalhão e gozador, é de se registrar, também que em épocas de carnaval, existia aquele conhecido líquido vermelho “sangue de diabo”, que jogado em qualquer tecido, logo desaparecia. Sabendo que sua esposa, dona Lenir, tinha uma colcha importada, daquelas que eram cuidadas com o maior carinho, ele pediu a um amigo que lhe arrumasse o tal líquido. Na verdade o seu amigo lhe deu um outro líquido, tinta mesmo e aí imaginem o resultado… Faleceu em 14 de setembro de 1984. Entre as homenagens que recebeu de nossa gente, destaque para a que dá o seu nome a importante via pública na praia do Mar Grosso.

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