Letícia Zanini

Existe “forma” que nos transforma?

Vivemos a era da transformação, das mudanças. Umas desejadas, outras impostas. Quando pensamos em transformação pensamos em alteração, assim como a lagarta que se transforma em borboleta, nós humanos, também vivenciamos esses processos – é fato que muitos não percebem seus próprios processos, simplesmente acontecem.
Para trilharmos juntos essa jornada de reflexão, pensar sobre o quê significa uma “forma” se faz necessário. Mas, o que é uma “forma”? Depende, existem inúmeros modelos e aplicabilidades, na metalurgia cria peças, na cozinha cria comidas, no design cria conceitos e produtos, na arquitetura cria espaços, nas escolas cria modelos de pensamento, nas empresas cria modelos de comportamentos – nem sempre saudáveis, e nas culturas direciona o como fazemos as coisas. Por isso, pensar sobre as formas é indispensável, ela impacta em nossa vidas. Analisando conceito, se olharmos no dicionário, forma é estado físico sob o qual se apresenta um corpo, uma substância. Primeira questão: qual a forma que você usa?
Uma forma que altera cenários e processos e, consequentemente resultados, é a do conhecimento. Existem muitas formas de utilizá-la. E hoje existe até um nome para isso: lifelong learning, que nada mais é que um conceito surgido na década de 90 e consiste no processo educativo contínuo ao longo da vida. Quando falamos de conhecimento, falamos também de meios para que a aprendizagem aconteça. Na atualidade, podcasts, EAD, mentorias, formações tradicionais e disruptivas são meios para fomentar o conhecimento.
Quando uma cultura entende a importância de usar com consciência e sensatez a “forma” do conhecimento, ela assume, neste momento, que não existe uma única forma, mas várias formas que convidam pessoas e processos a se moldarem de maneira flexível, ou seja, não existe mais forma quadrada, redonda, retangular e etc….existem inúmeras estratégias de contribuir para que a transformação aconteça, e claro que essa metamorfose passa por etapas como aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.
É fato que quando se escolhe aprender ao longo da vida, um único formato, caminho ou opção parece um tanto quanto limitador. O conhecimento gera autonomia e protagonismo e para estes dois elementos não existe receita pronta e limitações, existem experiências que alteram permanentemente a forma de vermos e fazermos as coisas. A forma que te modelou até aqui, garante a sua transformação futura?

Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental.

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