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Laguna recebeu a chama olímpica

Revezamento da Tocha Olímpica (1) Revezamento da Tocha Olímpica (2) Revezamento da Tocha Olímpica (3)

Com muito sol brilhando, no domingo (10), a terra de Anita recebeu a tocha olímpica, com milhares de pessoas indo às ruas e, com muita emoção, vivendo um dia histórico, até porque, convenhamos, era uma oportunidade única.
Acesa na cidade de Olímpia, na Grécia, chegou ao Brasil em 3 de maio, dando início ao revezamento que até o próximo dia 5 terá passado por 329 cidades (aí incluída Laguna) e pelas mãos de 12 mil condutores (entre eles, os lagunenses Marco Bocão, Jorge Edu e João Paulino Marronzinho), para enfim, início dos Jogos no Rio de Janeiro.
Bocão
Ele não sabe quantas fotos já bateu, quantos apertos de mão e agradecimentos. Marco Aurélio, 46 anos, popular Bocão, foi um dos condutores do revezamento da chama olímpica, que ocorreu em Laguna, no domingo, dia 10.
Como trofeú levou para casa, a tocha olímpica, presente do patrocinador Coca-Cola. Desde então, sua vida mudou. Todos querem ver a tocha e bater uma foto de recordação. “Me sinto feliz, especialmente pelos meus conterrâneos. O espírito olímpico é maior do que tudo”, descreveu.
A tocha ele está levando nas escolas da região,atendendo pedido dos educadores para o tema das aulas sobre olimpíadas.
As crianças perguntam sobre como a tocha é acesa e querem pegá-la. Já os adultos questionam sobre vender o símbolo olímpico e como pode ser acesa novamente. “O gás foi retirado. Ela não acende, o fogo simbólico passou por aqui e continuou seu percurso”, completa. Bocão já avisa. “Não vou vender. Não tem preço a emoção que senti”, finaliza.
Público presente
O sol brilhou no domingo e milhares de pessoas foram para as ruas e ver a chama olímpica passar. “Povo estava feliz. Nós estamos orgulhosos”, disse ele Marco Aurélio, o Bocão.
O mecânico João Paulino da Silva, o Marrom, pai do piloto de motocross tricampeão brasileiro, também estava emocionado. “Uma mistura de alegria e tristeza”, resumiu. O último condutor do revezamento subiu ao palco e foi ovacionado pelo público na praça República Juliana. Mãe e irmã igualmente estavam presentes na solenidade. O filho, João Marronzinho, morreu vítima de um acidente em 2012.
O funcionário dos Correios do Brasil de Laguna, Jorge Edu Alves, ciclista amador, o terceiro lagunense, percorreu o trecho das docas do centro histórico sendo aplaudido por amigos e familiares.
Clima olímpico
Nas calçadas do centro histórico e das janelas dos casários, os lagunensese acompanharam o trajeto. Márcia Toscano, 59 anos, natural do Rio de Janeiro, mora há 10 anos em Laguna. “É importante dar apoio e se envolver. Entrar no clima”. Ela não gosta de ficar parada. Faz academia e dança de salão. Aplaudiu muito a passagem do símbolo olímpico.
Os pequenos atletas Victor de Oliveira, 9 anos e Felipe de Oliveira, 4 anos, estavam na recepção da chama olímpica aplaudindo a comitiva. Os dois irão acompanhar as lutas de judô e karatê nas Olímpiadas, que começa no próximo dia 5, no Rio de Janeiro. Os dois são fãs do jiu jitsu e praticam o esporte.
Maria Godói, 69 anos, viu na televisão sobre a tocha em Laguna. “Já pensei na hora que viria. Levantei bem cedo, fiz o café e chamei todo mundo. Família inteira prestigiou. A gente não sabe quando terá outra oportunidade dessa”, completou.

Atletas são homenageados
Durante a solenidade que marcou a passagem da tocha olímpica por Laguna, o município, através do prefeito Everaldo dos Santos, secretária de Educação Simone Belmiro e assessor Carlos Roberto Schimidt, promoveu homenagem a ex-atletas que de uma forma ou de outra tenham se destacado, como Edson Scoth (que muito brilhou na década de 70 pelo Sport Club Internacional, de Porto Alegre, Décio Abilio Maia, pela Portuguesa, de Santos, Felipe Oliveira, pelo Figueirense, Tubarão, Imbituba e Noroeste, de Baurú, entre outros, Juliana Pacheco, no Bodyboarding, Valter Costa e Remi Custódio, no atletismo, Renilda Schwab, na educação física, Efsthatios Anastasiadis, grego de nascimento, com mais de 82 anos, sempre participando de pequenas maratonas, Leonardo Silva Borges, campeão de Jiu-Jitsu, Evilásio Silveira (in memoriam, representado pela esposa Paula), que com Jaime Donário, teve destaque nas disputas de bocha, Edézio Joaquim, sempre disposto a coordenar as equipes de bocha da cidade, entre outros.

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