Letícia Zanini

O dia da criança interna

Recentemente comemoramos o dia das crianças, nesta data, carinhosamente mimamos nossos filhos e, se ainda pequenos, ganham brindes e presentes pela passagem do seu dia.
Se você já está grandinho com certeza não comemora o dia dos adultos porque não existe. Mas, por que não aproveitar a oportunidade do dia das crianças e visitar a sua criança interna? Aquele menino ou menina que um dia você foi.
Quando fazemos isso, potencializamos nossa inteligência emocional e fortalecemos nossa autoestima. Visitando nosso passado, entendemos alguns comportamentos presentes e temos a possibilidade de escolher fazermos diferente.
O mundo adulto é cercado por situações que convidam nossa criança interna a se esconder ou se calar. Isso acontece em razão da competitividade, vaidade, ego e mais um conjunto de situações que ocorrem no mundo dos adultos e que não são comuns na infância, por isso a inibimos. No mundo infantil, a diversão e a curiosidade pelo novo são os principais ingredientes da rotina. Quando crescemos, divertir-se, para alguns, parece um tanto quanto bobo, por vezes até vergonhoso e, sem perceber, passamos a desenvolver um padrão comportamental quese caracterizam pela seriedade e mau humor. O papo do adulto é, muitas vezes, um eterno reclamar: sobre o tempo, contas, vida financeira, vida amorosa e, então, nesse cenário, como sobrevive sua criança interna? Impossível.
Não se engane, uma vida sem diversão é uma vida que compromete o aprendizado. E isso é perceptível no mundo corporativo. O profissional que não se diverte, não encontra satisfação no que faz, logo descobre seu afazer enfadonho ao invés de interessante. Sabe aquele colaborador que reclama quando tem a oportunidade de participar de um treinamento? Alguém que não percebe prazer no que faz, não alimenta a curiosidade sobre o que faz.
Independente do cargo, sempre há coisas a aprender sobre o quê você executa e sempre é possível se divertir com o quê você faz. Mas isso, só depende de você.
Por isso, permita-se voltar a ser criança de vez em quando, não é nada mau, não é imaturidade. Só deixaremos que nossa criança interior se divirta e seja espontânea, se não a reprimirmos. A vida adulta também precisa e pode ser divertida.

Por Letícia Zanini – Master Coach, Psicóloga e Educadora Comportamental

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