Geral

Patrimônio cultural

Um pouco da história de Laguna

MUSEU CASA DE ANITA

Esta edificação é uma das primeiras construções do povoado, datada por volta de 1711. Composta por dois volumes, é apontada por alguns pesquisadores com a primeira Casa de Câmara e cadeia de Laguna.

No início do século XIX, a casa pertenceu ao Sr. Anacleto Mendes Braga e sua irmã, que confeccionava vestidos para noivas. Ambos emprestavam um dos cômodos para as moças do interior se vestirem para a cerimônia, bem como rece´cionar os convidados. este foi o caso do primeiro casamento de Anita Garibaldi.

Seguindo a tradição construtiva portuguesa, as paredes externas foram executadas em pedra e argamassadas com areiam barro e cal. já o telhado foi coberto com telha capa canal e possui beiral tipo beira-seveira [Fig. 2] –  o mesmo detalhe é visível na lateral da Igreja Matriz. Da mesma forma, destacam-se os característicos peitos-de-pomba [Fig. 3], os quais, confeccionados com telhas caprichosamente recortadas arrematam os ângulos do telhado.

 

MEMORIAL TORDESILHAS

Este imóvel foi construído em 1904 para funcionar a primeira usina de energia de Laguna, inicialmente denominada Usina Termoelétrica Bianchinni.

Sua arquitetura é típica das linguagens Industriais daquele período. Atendia as necessidades da função a ser abrigada e ao mesmo tempo, incluindo alguns elementos arquitetônicos e estéticos que dessem mais leveza e elegância à proposta de uso. Os torreões possuem pequenos beirais sustentados por mão-francesas, características do ecletismo.

As grandes janelas e portas, que servem para proporcionar o máximo possível de ventilação para a usina, foram ornadas com bandeiras e caixilhos decorativos. Os requadros das esquadrias, executados em reboco em alto relevo, recebem um desenho delicado dando charme para a edificação.

Hoje a edificação abriga a Fundação Lagunense de Cultura, com espaço programado para exposições temporárias.

 

CLUBE UNIÃO OPERÁRIA

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Construído em meados do século XIX para fins residenciais, este imóvel funcionou como hotel até tornar-se sede da Sociedade Recreativa União Operária, no início do século XX. Era núcleo de eventos exclusivos dos negros em contraposição à segregação racial da época. Atualmente, seus eventos estão abertos à qualquer cidadão.

A importância dessa edificação luso-brasileira levou ao tombamento individual pela Prefeitura Municipal de Laguna, em Decreto Nº 26 de 1981. Este imóvel também está inserido na poligonal de tombamento do conjunto urbano e paisagístico do Centro Histórico de Laguna, efetivada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1985.

Suas fundações são em pedra, e as paredes externas em alvenaria autoportante de pedra e tijolos, argamassada com cal, areia, óleo de peixe, entre outros, rebocadas e caiadas. Além disso, os assoalhos em tábuas corridas e forros saia-e-camisa mantém a originalidade dos ambientes.

Destaque para a simetria das fachadas pelo ritmo compostos com as janelas (tipo guilhotina com caixilhos decorados em formato quadriculado), além do telhado aparente coroado com beiral em cimalha e beira-seveira, elementos que caracterizam esta linguagem arquitetônica.

A realização do trabalho que hoje apresentamos aos nossos leitores, é do Sebrae, Rota da Baleia Franca, Governo de Santa Catarina, Prefeitura de Laguna e IPHAN. A registrar, também, a dedicação e empenho do Etec Laguna.

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