Perfil

Perfil – Amélia Baumgarten de Ulysséa Baião

Esbanjando vitalidade, uma das figuras mais carismáticas da sociedade lagunense celebrou seus 80 anos bem vividos na última quarta-feira (11). Fruto da união conjugal de Walter Baumgarten Junior e Yvonne Cabral Baumgarten, casou há exatos 58 anos com o Professor Jairo Ulysséa Baião (de quem foi também aluna) e tem nos filhos, Sílvia, Maurício, Antônio e Vera e nos netos e bisneta, a grande dádiva da sua história de vida. Foi filha única até aos 12 anos, quando nasceu Lúcia, que também para os primos, João Carlos, Mario José, Rogério e Regina, veio satisfazer suas maiores ansiedades infantis. Nascida numa família de pianistas, aos três anos, iniciou seus estudos de piano, até a juventude, quando descobriu que seus dons, não eram tanto voltados para a meditação e para as artes, mas muito mais para as atividades físicas, como a dança e a natação. Até hoje, é adepta da academia de ginástica. Sua vida escolar, começou no primário, pelo Grupo Escolar Jerônimo Coelho, ginasial e escola normal no Ginásio Lagunense e superior (Pedagogia com especialização em Orientação Educacional, pela  FESSC, hoje Unisul). Posteriormente, coordenou e concluiu o curso de Pós-Graduação em Educação pela UFSC. Freqüentou diversos cursos de especialização como Orientação Vocacional, Análise Transacional, Educação Sexual na Escola, Psico Pedagogia, Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e outros. As atividades profissionais, iniciaram-se como professora primária, depois secundária e Orientadora Educacional, aliás, sendo precursora nesta última, em Laguna. Considera tal atividade, imprescindível para completar o processo evolutivo do aluno, quando exercido de acordo com uma filosofia educacional adequada a natureza do jovem.Quando questionada sobre o papel da educação nas atuais gerações, sintetiza: “Enquanto não houver uma rigorosa Política Pública de Planejamento Familiar, continuarão as desigualdades sociais e culturais ,em detrimento de um país ,com grandes pensadores em educação e potencial humano”. Dona “Amelinha”, como é carinhosamente conhecida, considera sua trajetória profissional, extremamente gratificante, pelo fato de ter convivido com o ser humano, poder amá-lo e respeitá-lo, descobrí-lo, nas suas mais significativas questões. Durante esses anos, alimenta a certeza que recebeu muito mais do que doou e, aprendeu muito mais do que ensinou. Sobre sua trajetória de vida, avalia: “Não são os anos da nossa vida que importam, mas a vida nos nossos anos. Essa frase que não é minha, mas sempre foi o meu lema. O relacionamento humano, para mim, é a maior dádiva de vida, de aprendizado e de força para saber enfrentar as vicissitudes que ela nos impõe . O relacionamento humano sadio, livre de preconceitos e de mesquinharias, nos compensa e nos refaz”, acrescentando ainda a receita que a fez chegar até aqui com tamanha juventude: “A vida ao ar livre, a prática de esportes, alimentação saudável, lazer, leitura, e também , estar sempre atualizada com os fatos e fotos”. Vale lembrar que durante o tempo em que exerceu cargos públicos, colaborou com a implantação de diversas reformas, seja no campo educacional, social e de saúde pública. Orgulha-se de ter colaborado para que Laguna seja hoje “Monumento Histórico e Artístico Nacional”, pois nossa terra é uma jóia, que precisa ser cultivada, para ser presenteada às futuras gerações. Em 1999, recebeu a Medalha do Mérito Domingos de Brito Peixoto, das mãos do prefeito João Gualberto, por relevantes serviços prestados à comunidade e em 2000, a Comissão Estadual do Sesquicentenário da Morte da Heroína Anita Garibaldi conferiu-lhe a Medalha de Anita Garibaldi. Como filha da terra de Anita, pretende continuar a amá-la e cultuá-la cada vez mais, em detrimento de muito negativismo exercido por alguns conterrâneos. Considera que o lagunense e os amigos de Laguna, precisam  unir-se, participar, dar opiniões, cobrar, associar-se e saber que o poder público sozinho, não faz milagres. Hoje, a nossa focalizada é voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Mantém ainda um projeto de vida: “consiste em participar de uma atividade voluntária que vá de encontro às necessidades de crescimento do ser humano, que considera uma obra inacabada de Deus, mas que nos legou inteligência suficiente para colaborarmos com Ele e com a preservação da espécie humana”.

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