Perfil

Perfil – Maurício Fernandes Pereira

Dono de uma das virtudes mais bonitas no ser humano, a gratidão, o lagunense Maurício Fernandes Pereira agradece a Deus e a seus “mentores” a cada nova conquista realizada. Talvez por isto, e claro, por mérito próprio e muito esforço, acumule nos 41 anos de vida um currículo exemplar. PHD em Administração pela USP/FEA e em Sociologia Econômica e das Organizações pela Universidade Técnica de Lisboa, o administrador, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina ainda é Mestre e Doutor em Engenharia de Produção também pela UFSC. Casado com Cristiane, com quem tem os filhos Vinícius, Vitor e Amálile, Maurício mudou-se para Florianópolis com o intuito de cursar o final do Ensino Médio em uma escola de ponta: “Sai de Laguna para fazer o Terceirão, no então colégio Geração, em 1989. Tinha a certeza que depois de me formar voltaria. A vida tomou outro rumo e hoje moro em Florianópolis, mas tudo o que faço, é pensando na minha querida cidade”. Filho de dona Betinha e do saudoso “seo” Edgar, recorda com carinho a forma como era “castigado” pela mãe: “Enquanto muitas famílias tem a agressão física como forma de castigo quando as crianças fazem coisas erradas, minha mãe, professora que era, me obrigava a fazer fichas de leitura e responder de 10 a 15 perguntas sobre determinado livro. Como ela já o tinha lido, a coisa ficava difícil. Li muito livros assim, o que me leva a crer que era bagunceiro. Quando cheguei no primeiro ano do segundo grau, hoje ensino médio, vi a necessidade de estudar e ser alguém na vida”, explica. É foi no berço familiar, que garante ter recebido as instruções necessárias para viver: “Cresci com a ideia de que para ser alguém na vida, somente o estudo me faria. Fora isto, minha avó, Dona Almerinda, que nunca estudou, me ensinou a ter dedicação e coragem. Minha mãe foi uma verdadeira professora para mim e meus irmãos, nos dando dedicação exclusiva. E meu irmão Rodrigo, me ensinou a importância de ler jornais e revistas diariamente, coisa que faço até hoje”.Mas uma pessoa em especial, marca a vida do profissional até hoje, o verdadeiro “mentor” a quem ele agradece em vários momentos: “Meu saudoso pai, Edgar, estudou até a antiga quinta série, no entanto, sabia que para que seus filhos fossem alguém na vida, tinha que apoiá-los. Lembro-me que na crise da década de 80,do século passado,chegava a atrasar duplicatas para dar dinheiro para os filhos viverem e estudarem em Florianópolis. Teve a alegria ainda em vida de ver os três filhos formados na Universidade Federal de Santa Catarina, uma das melhores do Brasil, glória que não é para qualquer pai. Foi um homem de visão para com os seus filhos”.Apesar de toda empatia com a Administração, na adolescência, Maurício chegou a cogitar outras expectativas em relação a vida profissional: “Sempre pensei em cursar Engenharia Mecânica, pois montava e desmontava motores de carrinhos quando pequeno. Faltando uma semana para a inscrição no vestibular, comprei o Guia Abril que falava de todas as profissões. Li da capa a última página. Quando terminei fiquei preocupado, descobri que não queria cursar Engenharia Mecânica. E agora? Li tudo novamente e descobri na segunda leitura que queria era fazer Administração. Graças a Deus que comprei aquele Guia. Fiz Administração e me encontrei”. Expert em Planejamento Estratégico, o que o faz referência no assunto em todo estado, o focalizado procurou levar um pouco da vida pessoal para o trabalho: “Como planejamento é realmente uma das minhas características, decidi que um dia seria referência. Hoje, com muita humildade, posso dizer que algumas pessoas me chamam de Maurício Fernandes Planejamento Estratégico Pereira. Para chegar onde cheguei, comecei com um trabalho muito legal, de publicar livros sobre o assunto, e atualmente, já acumulo nove títulos, alguns assinados sozinho ou em parcerias”. Se o assunto é a terra natal, não economiza palavras: “Laguna representa, alegria, infância, saudade, a nostalgia de um tempo que não volta mais. O lugar onde me sinto bem quando estou. Fazendo um passeio pelas ruas que andava na minha infância, lembro da minha avó e do meu pai, que agora não estão mais presentes em corpo, mas continuam ao meu lado. Lembro dos amigos, das brincadeiras, enfim … de um tempo bom”.

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