Samira Becker Volpato

Aos 34 anos, a são-ludgerense Samira Becker Volpato colhe os frutos de muitos anos de planejamento e dedicação. À frente do Doca 3, espaço aberto há quatro meses no Mercado Público, que virou o novo “xodó” da cidade e visitantes. Casada com José Vitor, proprietário do Destak Lanches, a focalizada credita ao marido o start inicial do projeto: “Ele sempre alimentou essa possibilidade de montarmos algo. O Destak já tem seu modelo formatado e a ideia sempre foi começarmos algo do zero, no qual pudéssemos implementar o conjunto de experiências gastronômicas que vivenciamos nas inúmeras viagens e lugares que conhecemos”. Formada em Engenharia Ambiental e com Licenciatura em Física, com Mestrado e Doutorado em Ciências Ambientais, Samira deu uma pausa na carreira acadêmica, para dedicar-se integralmente a gestão do seu próprio negócio: “Leciono como professora universitária há oito anos, mas quando vi que a administração do Doca me tomaria muito tempo, optei por pedir uma licença da sala de aula. Para ter uma ideia, entre o processo de inauguração até o Carnaval chegava a trabalhar 19 horas por dia”, recorda. As primeiras noções do trabalho com gastronomia e do atendimento ao público foram adquiridas no Destak: ” Como busquei minha independência financeira e me dediquei a minha carreira, acabava ajudando quando era preciso, mas sem aquele compromisso. Hoje é bem diferente no Doca. Sou eu quem faço as compras, coordeno a equipe e todas as noites estou lá até o fechamento”, explica. Quando questionada sobre o que a atividade tem de melhor, avalia: “Não imaginava que gostaria tanto de lidar com o público. Receber o feedback das pessoas, elaborar os cardápios especiais na data, ver o nosso sonho sendo materializado é bom demais”. Para os próximos meses, mais serviço e novidades estão à espera de Samira: “Tenho muito pela frente. Estamos felizes com a aceitação das pessoas, mas sabemos que não podemos nos acomodar. Em breve lançaremos um novo cardápio, apostando ainda mais nos pratos que deram certo e colocando um pouco mais de regionalidade, como os peixes locais”.
Se o assunto é Laguna, ela abre o coração: “Passo as férias aqui desde que eu tinha cinco anos, então a cidade sempre me remeteu a descanso. Assim que casei, em 2011, e vim morar em definitivo, levei um tempo para aceitar que era o lugar que de fato iria morar. Hoje considero realmente o meu lar. Vibro ao me deparar com o sucesso gastronômico da nossa terra. Evoluímos muito nos últimos anos nesse quesito. Me atrevo a dizer que hoje somos referência regional no turismo gastronômico. Agregamos uma oferta para todos os tipos de paladar”.